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Ocupação de leitos de UTI Covid alcança menor patamar de 2021 no Ceará
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Ocupação de leitos de UTI Covid alcança menor patamar de 2021 no Ceará

A redução reflete que o Ceará está descendo a curva da segunda onda em nível bem baixo
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Média de ocupação em UTIs destinadas ao tratamento de adultos é de 32,47% (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR Média de ocupação em UTIs destinadas ao tratamento de adultos é de 32,47%

O Ceará alcançou o menor patamar de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) para pacientes com Covid-19 em sete meses. Na quinta-feira, 15, número chegou a 56,86%. No caso das enfermarias, Estado registrou taxa de ocupação de 26,18% na sexta-feira, 16. Essa é a menor taxa em nove meses e a segunda menor desde o início do acompanhamento pelo IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), em 29 de abril.

Ocupação de leitos de alta complexidade não é tão baixa desde o dia 24 de dezembro, quando a proporção de unidades ocupadas foi de 55,07%. No histórico das enfermarias, menor índice foi atingido no dia 17 de outubro (25,95%). Números são de atualização feita às 17h05min dessa sexta, 15.

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As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também registram redução expressiva na quantidade de leitos de internação preenchidos. Nessa sexta, 19 pacientes estavam internados. Há mais de um mês, número se mantém abaixo de 50. Entre março e abril, número de internações foi maior que 400, chegando a atingir pico de 633 em 16 de março.

A redução reflete que o Ceará está descendo a curva da segunda onda em nível bem baixo. "A diminuição nas UTIs normalmente é a última que acontece. São os casos mais complexos e, portanto, que demoram mais a ter alta ou que vão a óbito", explica Thereza Magalhães, professora de Epidemiologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Segundo ela, ocupação de leitos está sendo impactada pela vacinação. "Nesse momento, apesar de a segunda onda ter sido mais intensa, nós temos uma força adjuvante, que é a da vacinação. Então, isso faz com que a gente possa descer a segunda onda com um pouco mais de tranquilidade", compara a professora com o cenário do final de 2020.

Mas a epidemiologista alerta: "Existe um ponto cego que é a presença de variantes para as quais as vacinas não façam o efeito. Que a gente espera que não tenha volume de casos no Estado". 

 

 

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