Ao longo de dois meses de funcionamento, a Casa de Cuidados do Ceará (CCC), unidade vinculada à Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) recebeu 105 pacientes. Atualmente, 79 pessoas estão recebendo atendimento no espaço, estruturada no Hotel Recanto Uirapuru, em Fortaleza. O equipamento foi inaugurado para atuar, inicialmente, na reabilitação de pacientes afetados pela Covid-19, mas já passou a atender também casos de desospitalização para reabilitação de sequelas de outros diagnósticos, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), trauma e cuidados paliativos.
O local oferta reabilitação humanizada e multidisciplinar aos pacientes em recuperação após alta hospitalar, assim como possibilita a desospitalização de pacientes em cuidados prolongados para reabilitação e/ou adaptação. No período de 24 de junho a 24 de agosto, a Casa de Cuidados recebeu 143 solicitações de encaminhamentos de pacientes de outras unidades de saúde para o equipamento.
São disponibilizados 130 leitos ao todo. O tempo de permanência depende do quadro e evolução de cada paciente. Para ser admitido, paciente precisa se enquadrar nos critérios de inclusão.
De acordo com a diretora da Casa, Ursula Wille Campos, para ser transferido para a unidade, o paciente deve estar com estado de saúde considerado estável e ter alta hospitalar comprovada pela equipe responsável. São pacientes que não necessitam permanecer no hospital, porém ainda precisam de cuidados específicos por algum motivo.
Dentre os benefícios apontados, estão a "otimização dos leitos hospitalares, diminuição dos riscos de infecção, humanização no atendimento, assistência a familiares, além da promoção de transição do paciente para o domicílio e prevenção de novas hospitalizações".
O espaço é acessível e também conta com área verde. É permitido que os pacientes tenham a companhia de um familiar durante a permanência no local para a reabilitação.
- Apresentar estabilidade clínica, sem necessidade de exames especializados e/ou avaliação médica diária;
- Estar em condição de alta hospitalar;
- Não ter sinais de infecção aguda com instabilidade;
- Não estar fazendo uso de medicamentos intravenosos (exceto em caso de terapia antimicrobiana por tempo determinado);
- Haver necessidade de cuidados paliativos com aprovação da família;
- Existência de sintomas controlados;
- Não ter condições clínicas ou sociais para o tratamento pelo Serviço de Assistência Domiciliar (SAD);
- Necessitar de cuidados especiais com supervisão da equipe.