No 19º mês da pandemia, Ceará apresenta cenário epidemiológico e assistencial de maior controle da Covid-19. A análise é da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Conforme o titular da pasta, Marcos Gadelha, os indicadores da doença no Ceará se mostram favoráveis para a "evolução de um processo de retomada gradual, progressiva e responsável no Estado".
A pasta frisa a importância da manutenção das medidas relativas ao convívio social e às atividades econômicas. "O momento exige atenção e engajamento da sociedade para evitar nova alta de casos", destaca a secretaria por meio de nota.
O tom do anúncio é um dos mais positivos desde o início das medidas de isolamento, em março de 2020. Com o aumento de casos da variante Delta, Estado chegou a pausar o processo de reabertura no início de agosto. Mas com a manutenção da queda de casos e óbitos, a reabertura gradual foi retomada, inclusive, com autorização de eventos-teste com centenas de pessoas.
Neste mês de setembro, os casos diários confirmados não superam 100. Número consideravelmente menor do que durante o pior período da Covid-19 no Estado. No dia 5 de abril deste ano, foram 6.418 confirmações da infecção.
Quanto aos óbitos, no mês atual, o maior registro diário foi de seis mortes, de acordo com a Sesa. Em abril, pior período da segunda onda, houve dias com mais de 150 óbitos provocados pela doença, compara a secretaria.
"No entanto, ainda existe situação de alerta com a transmissão da variante Delta. Isso alerta para a necessidade da secretaria solicitar o engajamento população cearense no processo de vacinação, que é a principal estratégia no combate da pandemia", afirmou o secretário, em vídeo publicado pela assessoria de comunicação na tarde de ontem, 12.
Para que a situação do Estado com relação à pandemia se mantenha minimamente controlada é essencial a ampliação da cobertura vacinal e a adesão da população. A vacinação em massa é considerada a única medida eficaz para diminuir a circulação viral e o surgimento de novas variantes.
"Queria pedir que o cidadão convoque familiares e vizinhos para se engajar no processo de convencimento da necessidade de se vacinar. Quem não tomou a primeira dose, tome. Quem tomou a primeira e ainda não tomou a segunda, que tome", reiterou o secretário.
Um dos indicadores mais relevantes para avaliação da situação da pandemia no Estado é a ocupação de leitos Covid. Atualmente, a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é de 34%. São 247 leitos disponíveis para pacientes com a infecção.
Em abril deste ano, todo o Estado, contando com hospitais de administração pública, privada ou filantrópica, chegou a ter mais de 1.700 leitos de UTI Covid-19 ativos, com ocupação acima dos 95%.