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300 mil doses devem ser destinadas a 55 municípios do Ceará
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300 mil doses devem ser destinadas a 55 municípios do Ceará

| Doses extras | Primeira remessa adquirida em compra direta será direcionada a 150 mil adultos. Vacinas para D3 serão entregues até hoje e municípios poderão começar aplicação
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DOSES da CoronaVac chegaram ontem na Central de Armazenamento e Distribuição de Imunológicos (Ceadim) do Estado (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves DOSES da CoronaVac chegaram ontem na Central de Armazenamento e Distribuição de Imunológicos (Ceadim) do Estado

Com o início do recebimento de doses por aquisição direta e, consequentemente, sem a dependência das vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde, o Ceará quer acelerar a imunização contra a Covid-19. Lote com 300 mil doses da vacina CoronaVac, que chegou ontem, 23, será destinado a vacinação de adultos em 55 municípios, conforme o secretário da Saúde do Ceará, Marcos Gadelha.

As informações foram divulgadas em coletiva na Central de Armazenamento e Distribuição de Imunológicos (Ceadim) do Estado. As doses serão direcionadas à aplicação de primeira e segunda doses (D1 e D2) de 150 mil pessoas. O novo lote é resultado da aquisição direta do Governo do Ceará com o Instituto Butantan. A distribuição das doses em todos os municípios deve ser finalizada em até cinco dias.

O secretário explicou que, à medida que os municípios forem sinalizando a necessidade de doses adicionais, a demanda será feita ao Instituto. "A gente deu a oportunidade aos municípios de sinalizarem o interesse de receber a dose adicional e qual era o quantitativo. Foi esse cima dessa sinalização dos municípios. No caso, 55. Foi o que nos fez fazer esse pedido inicial de 300 mil doses. Essa conversa é toda semana", explicou.

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Conforme o titular da Sesa, essa aquisição adicional fora do Programa Nacional de Imunização (PNI) permite que o Estado acelere o processo de vacinação sem depender do Governo Federal. "Tem município que tem um pouco mais de dificuldade, tem o absenteísmo. Mas a gente acredita que, no máximo em cinco dias, a gente conclua esses 150 mil adultos. Mas tem as pessoas que sequer fizeram o cadastro", prospecta Ricristhi Gonçalves, secretária Executiva de Vigilância e Regulação da Sesa.

Com a destinação dessas doses para adultos, a secretaria espera remanejar os imunizantes de outros fabricantes para realizar a vacinação de adolescentes e cumprir a aplicação de terceira dose (D3) em idosos e imunossuprimidos.

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Ontem, a pasta iniciou o envio de doses aos municípios para a aplicação da D3 de idosos até 70 anos e pacientes com grau elevado de imunossupressão. Por meio de nota técnica, a Sesa explica que os dois grupos serão contemplados seis meses (idosos) ou 28 dias (imunossuprimidos) após a última aplicação.

Tão logo recebem as doses, todos os municípios podem começar aplicação da D3. A responsabilidade pelo agendamento e pela aplicação é das prefeituras. A expetativa da Sesa é que o início aconteça a partir de hoje. A Capital já agendou cerca de 27 mil idosos para amanhã, 25.

A secretaria estadual destaca a necessidade de reforço para a população idosa. "Mostra-se como parcela da população com maiores taxas de incidência e letalidade, ressaltando a elevada vulnerabilidade dessa população, mesmo após a completude do esquema primário de imunização", aponta.

Já no caso de pessoas com alto grau de imunossupressão, a justificativa é que alguns não têm resposta de anticorpos mesmo com a aplicação da vacina, o que justifica a vacinação com a dose adicional contra a Covid-19. No Ceará, a terceira dose para pessoas imunossuprimidas será mencionada como dose adicional, enquanto para os idosos será como dose de reforço. (Colaboraram Julia Duarte e Mirla Nobre/Especiais para O POVO)

Vacinação de adolescentes é desafio para o Ceará

No Ceará, 10% dos municípios estão próximos de concluir a vacinação de adolescentes contra a Covid-19. A informação foi divulgada pela secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Ricristhi Gonçalves, durante coletiva de imprensa, na tarde de ontem.

O avanço da imunização dos jovens de 12 a 17 anos está concentrado, principalmente, nas menores cidades do Estado, informou a Secretária. "Os municípios menores conseguiram buscar esses adolescentes, mas não tem sido uma tarefa tão simples", disse. Ricristhi complementou que os adolescentes têm faltado aos agendamentos para receber o imunizante contra a doença.

Na dia 16 passado, o Ministério da Saúde publicou uma nota recomendando a suspensão da vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Contudo, o governo estadual decidiu não acatar a orientação da pasta federal. "É bastante seguro essa vacina, e é preciso que eles se vacinem para que eles não fiquem vulneráveis", destacou.

Ela citou ainda casos em que municípios vacinaram adolescentes com imunizantes não autorizados para essa faixa etária. "Pode ser revertido sem nenhum problema. Não há motivo para pânico". Depois de um prazo, imunizantes corretos devem ser aplicados. Segundo a gestora, a Sesa foi notificada sobre os casos e já tomou providências. (Mirla Nobre e Ana Rute Ramires)

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