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Ensino presencial será prioritário em novo decreto do Ceará
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Ensino presencial será prioritário em novo decreto do Ceará

| LIBERAÇÃO | O modelo híbrido deve ser permitido apenas em situações específicas e "devidamente comprovadas"
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Índice aponta protagonismo do Ceará na geração de oportunidades em escolas da educação básica (Foto: júlio caesar)
Foto: júlio caesar Índice aponta protagonismo do Ceará na geração de oportunidades em escolas da educação básica

Com o avanço da flexibilização das medidas de isolamento, o ensino presencial será priorizado no próximo decreto, afirmou o governador Camilo Santana (PT). O Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia definiu que o objetivo a partir de agora é reforçar a aprendizagem com a presença do aluno em sala de aula. O modelo híbrido deve ser permitido "em situações específicas, devidamente comprovadas", disse o chefe do executivo estadual em postagem nas redes sociais.

As alterações, todavia, não foram especificadas. O novo decreto estadual, a ser publicado hoje, 2, deve detalhar as novas determinações, que entram em vigor na próxima segunda-feira, 4. Cumprindo agenda no Cariri, o governador não anunciou as medidas por meio de transmissão ao vivo acompanhado de representante da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), como de costume desde o início da pandemia.

O comitê reuniu-se na manhã dessa sexta-feira, 1º. Conforme Camilo, o grupo decidiu que serão feitos alguns ajustes no novo decreto com o intuito de fortalecer o processo de aprendizagem nas escolas e acelerar a retomada da economia. "Mas sempre mantendo os cuidados necessários com a saúde através do respeito aos protocolos", ponderou.

"Os números de casos e óbitos seguem em queda em todo o Estado, e o processo de vacinação avançando no Ceará. Reforço a importância de todos os cearenses acima de 12 anos se vacinarem. Só com a vacinação em massa conseguiremos superar de vez essa pandemia", acrescentou o governador.

Dentre as novas medidas anunciadas nesta sexta, 1º, estão ainda a ampliação do horário de atendimento de restaurantes para 2h e o aumento da capacidade em eventos corporativos, hotéis e academias.

No decreto anterior, publicado há duas semanas, Estado já havia dado um passo largo no retorno das atividades educacionais, com a liberação do funcionamento das instituições com até 100% da capacidade das salas de aula.

Esse decreto, em vigor até amanhã, 3, ampliou a capacidade de eventos já liberados: com até 400 pessoas em ambiente aberto e 200 pessoas em ambiente fechado. Além disso, nessa determinação, Governo Estadual também liberou evento-teste com jogo de futebol no Castelão, cujo protocolo foi aprovado pela Sesa.

Com relação à mudança de foco na educação anunciada ontem, as instituições particulares apoiam o novo direcionamento, afirma Henrique Soárez, diretor do Colégio 7 de Setembro e coordenador da Força-tarefa de Volta às aulas presenciais do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE).

"Esse é um pleito antigo do Sinepe. Mas precisamos aguardar o decreto. Só então saberemos exatamente o que mudou", frisa.

Conforme Soárez, as escolas particulares se adequaram ao longo da semana anterior à última liberação para a realização de atividades com a máxima capacidade das turmas em aulas presenciais. "Os alunos que não voltaram imediatamente têm voltado aos poucos. O novo decreto deve ajudar muito nesse retorno", projeta.

Para Anízio Melo, presidente do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc), a "prioridade" indicada não deve ser confundida com "obrigatoriedade".

"A transição do sistema remoto para o híbrido deve continuar obedecendo ao protocolo sanitário, às condições estruturais de cada escola, preservando a autonomia das unidades escolares, verificando a imunização completa dos professores e acelerando a imunização dos jovens", defende.

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Diante disso, a busca pela maior participação presencial deve ser realizada pela comunidade escolar, conforme o presidente da entidade. "Entendemos que a acessibilidade e a tecnologia devem ser garantidas e ampliada", acrescentou.

O professor defende que a busca pela garantida da normalidade mas não pode ultrapassar a necessidade de garantir as condições sanitárias e a preservação da vida.

 

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