A cidade de Aparecida do Norte, em SP, depende quase que exclusivamente do turismo e nesta terça-feira (12) eram esperados cerca de 100 mil fiéis. Entretanto, os comerciantes e hoteleiros da cidade não estão muito otimistas quanto às vendas deste ano.
Dono de um ponto na feira livre que fica ao redor do Santuário a mais de 15 anos, o Nilson Sampaio passou dez meses fechado por causa da pandemia.
O comerciante observa que a quantidade de gente é maior do que ele esperava, mas que isso não significa aumento nas vendas. "O pessoal não vem como era antigamente, gastando um pouco mais, levando uma lembrança, eles estão comprando mais o necessário e não podemos fazer mais nada".
Filha de comerciantes, Rafaela Gonçalves Ribeiro, de 31 anos, trabalha no comércio de Aparecida desde os 14 anos. Ela chegou a ter quatro pontos em diferentes lugares da cidade, mas precisou fechar dois endereços. Rafaela conta que já esperava uma quantidade menor de visitantes esse ano. "As pessoas ainda estão com medo, estão sem dinheiro, estão endividadas", afirma.
Meire Marcondes administra um dos mais de 200 hotéis e pousadas cadastrados pela prefeitura de Aparecida. O hotel, que fica em frente ao Santuário Nacional, ficou fechado por 15 meses e costumava ter todos os quartos ocupados no feriado do dia 12.