Quando anunciaram a volta às aulas presenciais, a professora Ileane Oliveira já estava na escola, ou melhor, nunca saiu de lá. Ela teve que continuar indo para a instituição durante todo o período de lockdown, pois seu dever como diretora da escola em que trabalha a chamava.
Com um otimismo que contagia, Ileane nunca perdeu a esperança de que tudo voltaria ao normal. Esperou pacientemente pela volta das aulas presenciais e hoje pode ouvir novamente os alunos a chamarem de "tia" e tagarelarem pelos corredores da escola.
Mas apesar da esperança, a rotina de angústias e incertezas que preencheu o caminho até o pote de ouro no fim do arco-íris foi dura. Ela compara o início da quarentena com uma mudança de trajeto de um GPS, e o novo percurso era tortuoso.
A graduação em Tecnologias da Educação amenizou um pouco o baque. Como diretora, ela orientou os professores que estavam sob seu comando e fez o possível para que os alunos não ficassem dispersos.
Com a volta das aulas presenciais, mesmo se sentindo pressionada com o peso de muitas vidas sob sua responsabilidade, ela cita a fé como a base de sua força para superar o medo e continuar seguindo em frente sorridente e com otimismo de praxe.