Mortes por Covid-19 foram classificadas como "relativamente raras" pela Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza (SMS) em último boletim epidemiológico publicado. De acordo com o documento, os sete dias antes da data de análise (19 de novembro) registraram dois óbitos pela doença; considerando desde o dia 1º de novembro, foram quatro.
"Constatou-se uma queda consistente da média móvel de óbitos desde o fim de abril de 2021. O cenário atual guarda similaridades com o que foi observado em agosto de 2020, reflexo do fim de um ciclo epidêmico", explica a pasta no boletim. Mas diferente do contexto do ano passado, agora Fortaleza conta com os efeitos da vacinação.
Na Capital, 67,5% da população (1.826.035) já completou o esquema vacinal com dose única ou duas doses, considerando estimativa populacional para 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Vacinômetro de Fortaleza, atualizados às 16h30min deste domingo.
Ainda, aqueles aptos para receber a dose de reforço — que têm cinco meses de intervalo entre a segunda — já estão começando a ser atendidos, incluindo os com menos de 60 anos. Até 16h58min do domingo, o Vacinômetro dá conta de 32.653 terceiras doses aplicadas.
A melhoria dos índices, contudo, não significa que a situação está controlada, segundo a SMS. "Apesar da diminuição gradual e significativa dos casos novos, cabe ressaltar que ainda há transmissão comunitária (limitada) da doença, e houve introdução da variante Delta. Por essa razão, a incidência da doença deve continuar a ser rigorosamente monitorada", argumenta.
Conforme o IntegraSUS, da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa-CE), o nível de alerta em Fortaleza é "moderado" com "tendência decrescente". A plataforma indica que a taxa de ocupação de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) é de 50%, e das enfermarias é de 56,2%. A letalidade é de 3,3%, crescendo para 14% em idosos entre 70 a 74 anos.
Como alerta a SMS, o momento é de cautela. Apesar da redução dos números de óbitos e da aparente adesão à vacinação, a melhor estratégia é manter as medidas de segurança como o uso de máscaras e o distanciamento social quando possível. O objetivo é reduzir a circulação do vírus e impedir contaminações novas — mesmo pessoas vacinadas podem contrair a doença, o que pode facilitar mutações do vírus.