Fortaleza inicia a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 da marca Janssen nesta quinta-feira, 16. Hoje e amanhã, 17, a Prefeitura espera atender mais de 13 mil pessoas residentes de Fortaleza que receberam a primeira dose do imunizante há pelo menos dois meses.
O Ceará recebeu lote com 90.700 doses da Janssen nessa quarta-feira, 14. A administração da segunda dose dessa vacina deverá ser no período entre dois e cinco meses após a primeira, segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), conforme orientação publicada pelo Ministério da Saúde por meio de nota técnica.
O município de Fortaleza deu início à aplicação da vacina da Janssen contra a Covid-19 em junho. O imunizante, produzido pela Johnson & Johnson, começou a ser aplicado no país como vacina de dose única. Contudo, posteriormente, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação de segunda dose com imunizante da mesma marca.
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Na Capital, 32.047 pessoas foram imunizadas com a vacina da Janssen. Ao todo, 2,1 milhões de pessoas foram vacinadas com a 1ª dose das vacinas disponíveis. Destas, 1,8 milhão receberam a segunda dose e 284.364 também já receberam a terceira dose. Os dados são do Vacinômetro de Fortaleza, atualizado pela última vez no Instagram da Prefeitura no dia 9.
O prefeito José Sarto (PDT) anunciou o início da segunda dose desse imunizante por meio das redes sociais. Na postagem, ele também divulgou que o mutirão da terceira dose previsto para ser finalizado nesta quarta-feira, 15, será prorrogado até o próximo domingo, 19.
Desde segunda-feira, 13, mutirão tem recebido pessoas que receberam a 2ª dose contra Covid-19 há 5 meses. Das 9 às 17 horas, o Centro de Eventos (Drive e Salão) continuará recebendo, sem agendamento, pessoas que receberam a 2ª dose até 16 de julho, mesmo que não tenham sido convocadas anteriormente.
O mutirão para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19, em Fortaleza, se tornou uma alternativa para quem perdeu a data do agendamento na plataforma Vacine Já. A ação é um esforço concentrado para atualizar o esquema vacinal de quem já recebeu a segunda dose há pelo menos cinco meses. Nos primeiros dois dias do mutirão, parte do público que se dirigiu ao local ainda não havia tomado a D3 por não ter consultado o aplicativo ou site da Prefeitura, para confirmar o dia exato da aplicação.
O aposentado Antônio Chaves de Lima, 65, que deveria ter tomado a D3 no dia seis de novembro, não desperdiçou a nova oportunidade. "Eu tinha lido no jornal O POVO [impresso] de anteontem que ia ter esse mutirão. Pedi pro filho da minha irmã olhar [o site] porque não sou muito acostumado a mexer com essas coisas de internet", disse.
O idoso, que havia tomado a segunda dose há cerca de seis meses, comenta que tem percebido, entre vizinhos, amigos e conhecidos, um certo grau de desinteresse em relação à dose de reforço. “É muita gente que não tá nem aí, que não se importa mais porque acha que a pandemia já acabou. Às vezes, por causa de um, os outros pagam. Eu, pelo menos, faço minha parte. Sei o quanto essa doença é terrível. Ainda hoje choro a perda da esposa do meu irmão, a Fátima, que morreu em pleno dia das mães, na UPA de Messejana”, relatou, emocionado. (Colaborou Luciano Cesário)