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Ômicron e Influenza A são o novo desafio para a assistência
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Ômicron e Influenza A são o novo desafio para a assistência

Segundo epidemiologista, há risco de superlotação e desafio para a rede de saúde será maior na atenção primária e secundária
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A introdução da variante Ômicron e a epidemia de Influenza A justamente em período de festividades de fim de ano e de alta no turismo apresentam um desafio para a rede de saúde do Estado. Na avaliação da epidemiologista Thereza Magalhães, pesquisadora e professora de Epidemiologia da Universidade Estadual do Ceará (Uece), essa concomitância "será sentida principalmente pelos profissionais da atenção primária e secundária".

O aumento de casos graves e óbitos é menos provável porque o Estado tem percentual elevado (82%) de vacinados com 2 doses no Estado. A vacinação somada ao número de pessoas que adoeceram nos últimos meses e que formaram defesa imunológica, "funcionarão como uma espécie de muro protetor em termos de gravidade e óbito da Covid-19, pois o vírus não encontrará muitos suscetíveis".

"No entanto, os não vacinados continuam na berlinda e também ressalte-se que a Ômicron é melhor combatida com três doses de vacina, percentual ainda a aumentar no estado", alerta. Ou seja, os não vacinados serão o maior alvo. Dessa forma, o ideal é continuar estimulando as pessoas a se vacinarem e "identificar concentrações de não vacinados". É preciso considerar ainda que a nova variante tem tem capacidade de transmissão muito maior que as cepas identificadas anteriormente.

Segundo a epidemiologista, as famílias podem fazer reuniões de Natal e Réveillon em celebrações com menor número de pessoas, sem descuidar do uso de máscara e retirá-la somente na hora em que for comer ou beber algo. Também é importante solicitar passaporte vacinal aos convidados. "Mesmo vacinado, se apresentar presença de sintomas gripais ou de Covid-19, avisar o anfitrião e não comparecer à confraternização", defende.

Outro desafio é evitar a contaminação dos profissionais pois, além de sobrecarregar a rede de saúde, isso também pode facilitar a transmissão da Ômicron. "Então, a organização do fluxo do atendimento e uso de EPI, sobretudo máscara, avental e proteção ocular, são imprescindíveis", acrescenta Thereza.

 

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