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Ceará recomenda adiamento do início das aulas de crianças de até 11 anos
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Ceará recomenda adiamento do início das aulas de crianças de até 11 anos

Recomendação é direcionada a estabelecimentos que planejam início das atividades para a próxima segunda-feira, 17, conforme o governador Camilo Santana
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 Governador Camilo Santana e o secretário da Saúde, Marcos Gadelha, anunciaram o novo decreto nesta sexta-feira (Foto: Carlos Gibaja/ divulgação Governo do Estado)
Foto: Carlos Gibaja/ divulgação Governo do Estado  Governador Camilo Santana e o secretário da Saúde, Marcos Gadelha, anunciaram o novo decreto nesta sexta-feira

O foco das medidas contra a Covid-19 tem sido direcionado às crianças. Diante da escalada da pandemia, o Governo do Estado recomendou que escolas com alunos de até 11 anos que estão planejando o início das atividades para a próxima segunda-feira, 17, adiem o retorno por 15 dias. Prorrogação é sugerida para que Estado possa "avaliar a evolução do cenário epidemiológico". 

Novas medidas foram anunciadas pelo governador Camilo Santana (PT) em transmissão nas redes sociais. Decisão foi tomada após reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia, realizada nesta sexta-feira, 14.

Hoje, 15, Fortaleza dá início à vacinação de crianças de 5 a 11 anos com o imunizante da Pfizer, que chegou ontem ao Estado. Na rede municipal de ensino da Capital, a previsão de volta às aulas é para o dia 1º de fevereiro. 

Jogos de futebol deverão receber até 30% da capacidade de público até dia 5 de fevereiro, mesma data estabelecida para o setor de eventos. Além disso, o uso de máscara N95 será obrigatório para trabalhadores de estabelecimentos como farmácias, escolas e supermercados. 

Conforme o governador, será anunciado na próxima semana um apoio financeiro a todos os municípios do Estado do Ceará. O repasse de recursos será direcionado às ações de enfrentamento à nova onda da pandemia.  

No decreto anterior, Camilo já havia anunciado restrições relacionadas a atividades festivas, que entraram em vigor já na quinta-feira, 6. Festas como casamentos, formaturas, aniversários e eventos corporativos estão com capacidade reduzida por 30 dias. Limite é de 250 pessoas em ambientes fechados e 500 pessoas em ambientes abertos. Além disso, foram suspensos todos os eventos de Carnaval e Pré-Carnaval no Ceará.

Dados da Covid-19

A nova variante Ômicron já é predominante no Estado e vem aumentando a demanda assistencial. Contudo, a maioria dos casos em pessoas vacinadas é leve. "A grande maioria das pessoas que está precisando de internação ou mais grave não se vacinaram ou não tomaram a dose de reforço", disse Camilo.

Uma grande preocupação é o adoecimento dos profissionais de saúde, que tem prejudicado a escala de trabalho e, consequentemente, o atendimento na ponta. Além disso, demais síndromes respiratórias principalmente a Influenza A tem afetado a demanda assistencial.

Conforme o secretário da Saúde, Marcos Gadelha, a positividade de exames para Covid-19 vem aumentando progressivamente. Em Fortaleza, a positividade chegou a quase 45%. Na Capital, as Unidades Básicas de Saúde já superaram a média diária de atendimentos do pico da segunda onda, chegando a 2.784 pacientes. Ele pontua que já são mais de mil atendimentos diariamente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

"A gente tem ficado um pouco menos preocupado porque isso não tem pressionado muito os hospitais em termos de internação em UTIs. Mas estamos nos antecipando e abrindo diariamente leitos de UTIs no Leonardo da Vinci e nas várias unidades de saúde do Ceará. Porque a gente não sabe como esse cenário vai se comportar em virtude da grande velocidade de transmissão da Ômicron", afirma Gadelha. 

Internação

O Ceará registrou ocupação de 70,53% das suas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) voltadas para o tratamento de Covid-19. Os dados da plataforma IntegraSUS, da Sesa, atualizados até às 19h12min dessa sexta, também mostram o índice de ocupação de 70,5% em UTIs para adultos.

As UTIs infantis registram índice de 79,31%. Já em relação as alas destinadas ao atendimento neonatal e gestantes, ambas marcam 50% de ocupação. O monitoramento considera unidades médicas públicas e particulares.

 

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