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Fortaleza registra maior chuva desde o início do ano
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Fortaleza registra maior chuva desde o início do ano

A maior estatística foi alcançada no posto pluviométrico do bairro Água Fria, com 88,4 mm de chuva. Anteriormente, a Cidade havia assinalado a maior precipitação no dia 11 de março
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Chuva na Capital causou interdição no viaduto da avenida Oliveira Paiva nesta segunda-feira, 28 de março (Foto: FABIO LIMA)
Foto: FABIO LIMA Chuva na Capital causou interdição no viaduto da avenida Oliveira Paiva nesta segunda-feira, 28 de março

Fortaleza registrou a maior chuva do ano até o momento nesta segunda-feira, 28, com índice de 88,4 milímetros (mm), conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). O período válido para o cálculo corresponde ao intervalo entre às 7 horas desse domingo, 27, e o mesmo horário desta segunda. O registro mais alto, de 88,4 mm, foi marcado no posto pluviométrico do bairro Água Fria. Outras regiões da Cidade com equipamentos do órgão estadual tiveram números menores: Pìci (76,6 mm), Castelão (59,6 mm), Messejana (36,6 mm) e Caça e Pesca (26 mm).

Antes da chuva de hoje, que também foi a maior do Estado nesta segunda, 28, a Capital havia registrado a maior precipitação de 2022 no dia 11 de março, quando o posto do bairro Castelão marcou 81,2 mm. A três dias para o fim do mês, todos os medidores pluviométricos da Cidade já superaram a quantidade de chuva esperada para o período, com destaque para o bairro Pici, onde o valor já superou em 72% o índice considerado normal. Já Messejana apresentou menos chuvas, com precipitações 30% acima da normalidade.

Na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Aquiraz também apareceu entre as dez maiores precipitações do dia, com 72 mm de chuva. Considerando a macrorregião que engloba municípios próximos da Capital, entre Caucaia e Beberibe, 13 cidades registraram chuva, de acordo com balanço da Funceme. Entre eles, Cascavel (75 mm), Eusébio (53 mm) e Caucaia (51,8 mm) apresentaram os maiores índices.

O açude Castanhão, maior reservatório do Estado e que abastece a Capital e RMF, foi o que recebeu o maior aporte das últimas 24 horas, com mais de 45 milhões de metros cúbicos (m³), de acordo com resenha diária divulgada nesta segunda pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Desde o início do ano, o volume total do açude vem aumentando, passando de cerca de 8,5% nos primeiros dias de janeiro para 15% nesta segunda, 28. O valor já chega próximo ao alcançado na quadra chuvosa de 2020, quando as chuvas no Estado ficaram acima da média e o reservatório superou 16% da capacidade total.

Chuva no Interior

Choveu em 84,9% dos municípios cearenses — 156 de 184 — nesta segunda-feira, 28, segundo dados da Funceme atualizados às 16h52min de hoje. Foram observadas chuvas em todas as oito macrorregiões do Estado. No Sertão Central e Inhamuns, historicamente uma das regiões mais secas do Ceará, 29 municípios tiveram registro de chuvas. Iguatu teve o maior índice do dia, com 72 mm, seguido por Tauá (54,8 mm) e Saboeiro (47 mm).

Considerando o bimestre dos meses de fevereiro e março, todas as macrorregiões apresentam situação de chuvas em torno da média, segundo intervalo definido pela Funceme. No Interior, o melhor cenário apresenta-se no Cariri, onde o valor observado está acima da média histórica, superando a normalidade em 25,4%. Já no Sertão Central e Inhamuns, o valor está próximo ao limite da classificação em torno da média — são 235,9 mm observados, quando o valor mínimo é de 231,6 mm.

Previsão do tempo no Ceará

Deve continuar chovendo em todas as macrorregiões do Estado até pelo menos esta quarta-feira, 30, com destaque para a faixa litorânea, Ibiapaba e Maciço de Baturité. De acordo com análise de satélite da Funceme, realizada na tarde desta segunda, 28, observam-se nuvens associadas a chuvas no litoral do Ceará, bem como nos estados do Piauí e do Maranhão.

Em geral, as chuvas esperadas ocorrerão em virtude de áreas de instabilidade oriundas do Oceano Atlântico devido à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (Zcit), que corresponde a uma banda de nuvens que circunda a faixa equatorial do globo terrestre, formada principalmente pela confluência dos ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul. Efeitos locais, como temperatura, relevo e umidade, também influenciam a ocorrência de chuvas.

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