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Com acúmulo de 16,25%, Castanhão atinge maior volume desde 2015
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Com acúmulo de 16,25%, Castanhão atinge maior volume desde 2015

O açude é o maior reservatório de água do Ceará, com capacidade de armazenar 6,700 bilhões de metros cúbicos (m³) de água. Os aportes recebidos no Castanhão, no Orós e nos demais açudes da Região Metropolitana de Fortaleza, garantem uma melhora no abastecimento da Capital
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CASTANHÃO deve ser acionado para abastecer a Grande Fortaleza em 2024 (Foto: Júlio Caesar)
Foto: Júlio Caesar CASTANHÃO deve ser acionado para abastecer a Grande Fortaleza em 2024

A boa média de chuvas no Ceará durante o mês de março fez com que o nível do açude Castanhão, maior reservatório de água do Estado, atingisse o  maior volume em quase sete anos, neste dia 1º de abril.

Atualmente, segundo os dados do Portal Hidrológico do Ceará, da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o reservatório encontra-se com 16,25% de seu volume total ocupado. A última vez em que esteve tão cheio foi em 4 de setembro de 2015, quando registrou 16,28% de reserva hídrica.

O Castanhão está localizado na região hidrográfica do Médio Jaguaribe, onde as chuvas de março ficaram 4,3% acima da média histórica. Neste ano, na região, foram observados 206.7 milímetros (mm) de chuva, superando os 198.1 mm esperados para o período.

De acordo com os dados da Cogerh, em apenas um mês, o açude Castanhão quase dobrou o seu volume armazenado, indo de 8,35% para 16,25%, em um comparativo entre os os dias 1º de março e 1º de abril de 2022.

Mesmo com o aporte recebido durante o mês de março, o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, explica que o acumulado mensal foi positivo, mas que o açude ainda está distante do ideal.

"Foi um aporte mais representativo, mas, obviamente, o Castanhão com 16% ainda não traz a garantia para o abastecimento de todos os seus usos, sobretudo do seu maior usuário, que é a agricultura irrigada", relata.

Por outro lado, o secretário afirma que os aportes recebidos no Castanhão, no Orós e nos demais açudes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), garantem uma melhora no abastecimento da Capital e de suas adjacências.

"Temos, sim, água garantida para todo este ano e esperamos, ainda com chuvas que poderão ocorrer no mês de abril e de maio, ter uma garantia ainda maior, não só para este ano, mas para todo o próximo, para ter uma melhora do suprimento hídrico de Fortaleza", destaca Teixeira.

Entre setembro de 2015 e a data atual, o reservatório enfrentou uma severa crise hídrica. Em 22 de fevereiro de 2018, o Castanhão chegou a registrar apenas 2,08% de sua capacidade, o que é considerado como "volume morto", termo utilizado para definir os açudes que têm água, mas não em nível suficiente para que haja retirada para abastecimento.

Quinze açudes com volume morto

De acordo com a última resenha diária da Cogerh, referente ao dia 31 de março de 2022, 20 dos 155 açudes monitorados no Ceará estão sangrando. Outros quatro estão com 90% de sua capacidade. Mesmo com a boa média de chuvas do mês de março, alguns reservatórios ainda sofrem com a escassez. No Estado, 15 deles encontram-se com o volume morto e outros nove estão secos.

A região hidrográfica de Banabuiú é a que possui a menor reserva hídrica do Estado, com apenas 7,2% de água armazenada. Em março, as chuvas na região ficaram 18,2% acima do esperado, mas não foram suficientes para alterar o cenário dos reservatórios da região.

Em uma análise estadual mais ampla, de acordo com a resenha diária da Cogerh, entre os dias 1º e 31 de março, o volume de água armazenado no Ceará foi de 3,94 bilhões de m³ para 5,35. O acumulado no mês de março foi de 7,5%, elevando a quantidade de água nos reservatórios cearenses para 28,8%.

Na avaliação do secretário Francisco Teixeira, o Sertão Central ainda é a região que mais preocupa. Reservatórios como o Banabuiú, o Pedra Branca e o Fogareiro ainda não receberam um aporte significativo em 2022. Apesar dos problemas de aporte, Teixeira afirma que a situação do Estado está sob controle.

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