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Assaltante do Banco Central é preso 17 anos após o crime
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Assaltante do Banco Central é preso 17 anos após o crime

| Ceará | Operação realizada em Fortaleza é parte de uma investigação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) do Ministério da Justiça
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 EM 2005, assaltantes cavaram um túnel de 80 metros até o prédio do Banco Central em Fortaleza  (Foto: EVILÁZIO BEZERRA, em 9/8/2005)
Foto: EVILÁZIO BEZERRA, em 9/8/2005  EM 2005, assaltantes cavaram um túnel de 80 metros até o prédio do Banco Central em Fortaleza

Dezessete anos depois do furto milionário ao Banco Central (BC), em Fortaleza, o caso ainda tem desdobramentos. No último domingo, 17/4, um homem de 59 anos foi preso por envolvimento no roubo da supostamente caixa-forte mais segura e vigiada do Brasil.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a prisão faz parte de uma ação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública que formou uma força-tarefa para atuar no Ceará. O homem, que não teve a identidade informada, já havia sido preso anteriormente por participação direta no furto.

Ele estava na livre em razão de um alvará de soltura. Uma ordem de prisão, expedida no mês passado, foi cumprida. Nem a PF nem a Justiça Federal deram detalhes sobre a nova prisão do assaltante do Banco Central.

"A força-tarefa da Susp, de Combate ao Crime Organizado no Ceará, continua em operação. É composta pela Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil do Ceará, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria de Administração Penitenciária do Ceará, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará e Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública", informou em nota a Superintendência cearense da PF.

Entre os dias 6 e 7 de agosto de 2005, foram furtados do Banco Central, em Fortaleza, aproximadamente R$ 164 milhões ou 75 milhões de dólares.

A quadrilha, "financiada" pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) segundo investigação da Polícia Federal, passou três meses cavando um túnel de aproximadamente 80 metros de comprimento. O corredor subterrâneo saiu do quintal de uma casa na rua 25 de Março, no Centro de Fortaleza, passou pela movimentada avenida Dom Manuel e rebentou na caixa-forte da instituição financeira.

A movimentação dos "toupeiras" passou batida pelas polícias Federal, Civil e Militar do Ceará. A quadrilha, que tinha como um dos líderes o cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos - o Alemão-, não disparou um tiro durante a retirada dos milhões em notas de cinquenta reais.

Com a chegada do delegado federal Antônio Celso, na época da Superintendência de Brasília, a história começou a ser desvendada. A partir da descoberta de um chip de telefone celular e, posteriormente, grampos autorizados dos telefones registrados no dispositivo.

O POVO foi o jornal brasileiro que mais produziu material jornalístico sobre caso no país, tendo recebido um Prêmio Esso de Reportagem. O Assalto ao Banco Central também é tema da série documental "Banco Central: 15 anos depois" e "Banco Central: o furto que não acabou". O conteúdo está disponível na plataforma multistreaming O POVO Mais, na seção "Séries e Docs".

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