Com o cenário de recrudescimento da Covid-19, surgem mais dúvidas sobre os novos protocolos de testagem e isolamento. Diferentemente do começo da crise sanitária mundial, em março de 2020, quando a orientação era fazer o exame somente após o sétimo dia do surgimento dos sintomas, agora o Ministério da Saúde (MS) recomenda a coleta das amostras o mais precocemente possível ou até o oitavo dia dos primeiros sinais da doença. Após esse período, há chances de que a testagem indique um falso negativo. As informações constam na Guia de Vigilância Epidemiológica, do MS, publicada em janeiro deste ano, a quarta versão do documento desde o início da pandemia.
Também houve mudanças em relação ao período de isolamento. Inicialmente, o tempo mínimo era de 14 dias, depois caiu para dez e atualmente recomenda-se sete. A depender da testagem, o intervalo pode ser ainda mais encurtado ou até prorrogado.
Conforme o protocolo do MS, o isolamento pode ser encerrado já no quinto dia caso um novo exame apresente resultado negativo para a doença e desde que o paciente não tenha manifestado sintomas respiratórios ou febre nas últimas 24 horas. Por outro lado, se o resultado for positivo, o prazo será ampliado de sete para 10 dias.
Após o fim do período de isolamento, pacientes assintomáticos não precisam realizar um novo teste. Já para os que ainda estejam com sinais da doença, o segundo exame é obrigatório. Se o resultado for negativo, a pessoa deverá aguardar um intervalo de 24 horas seguidas sem sintomas respiratórios ou febre para sair do isolamento. Caso positive novamente, o período será ampliado por mais três dias.
Durante o período de recuperação, os trabalhadores devem ser afastados do ambiente profissional com remuneração integral. No Ceará, as regras foram atualizadas pela "Nota Técnica de Prevenção Relacionada à Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras à Covid-19 e Influenza (H1N1 e H3N2)", publicada pela Sesa no último dia 28 de junho.
O documento estabelece que para crianças e adultos com sintomas leves, o prazo de isolamento é de apenas cinco dias, desde que não tenha ocorrido febre ou uso de antitérmicos nas últimas 24 horas. No caso dos assintomáticos, o período é o mesmo, mas a contagem deve ser iniciada do zero se algum sinal da doença surgir durante os cinco primeiros dias de isolamento.
Para as pessoas com sintomas moderados ou portadoras de doenças graves, a Nota recomenda afastamento laboral de dez dias. O prazo máximo, de 20 dias, é válido para pessoas com imunossupressão moderada ou grave.
Em relação à quarentena, o documento recomenda que ela seja cumprida por quem tenha mantido contato próximo com pessoas diagnosticadas com a Covid-19 e que não se vacinaram ou estejam com o esquema vacinal incompleto. Quem já tomou as três doses do imunizante, testou positivo para a infecção nos últimos 90 dias e não manifesta novos sinais da doença, está dispensado da quarentena.
Independentemente do grau de evolução da doença no organismo, a Sesa recomenda o uso de máscara bem ajustada por dez dias consecutivos em casa ou em público, após o resultado positivo. Outra orientação é evitar viagens e contatos próximos com pessoas do grupo de risco.
Testou positivo para Covid-19 ou apresenta sintomas, independentemente do status de vacinação:
- Isolamento por 5 dias inclusive de outras pessoas em sua casa;
- Use uma máscara bem ajustada se precisar estar perto de outras pessoas durante o isolamento.
Não teve sintomas:
- Encerrar o isolamento após, pelo menos, 5 dias completos depois do teste positivo.
Teve sintomas Leves:
- Termine o isolamento após 5 dias completos se você estiver sem febre e sem sintomas por 24 horas (sem o uso de medicamentos).
Estava gravemente doente (sintomas moderados ou graves):
- Isole-se por, pelo menos, 10 dias. Consulte o seu médico antes de terminar o isolamento.
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