O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) pediu a quebra de sigilo telefônico da vítima e do suspeito de matar a jovem Ingridih Nohana Carvalho Melo, no último dia 1° de julho, em um motel no Henrique Jorge, em Fortaleza. Na quarta-feira passado, 13, o órgão denunciou João Victor Barbosa Pereira por homicídio qualificado.
De acordo com o MPCE, foram solicitados todos os dados dos aparelhos celulares, chips e cartões de memória apreendidos no local do crime. Até o momento, não há como definir a motivação do crime.
A vítima morreu por insuficiência respiratória decorrente de constrição cervical (estrangulamento) ou asfixia mecânica. Dessa forma, o suspeito teria praticado um homicídio consumado, qualificado pela asfixia, conforme o MPCE.
O órgão solicita que a Justiça receba a denúncia contra o suspeito e a condenação dele pelo crime. Com a quebra de sigilo telefônico, serão verificados dados registrados na agenda, histórico de ligações, mensagens de texto via SMS ou aplicações de bate-papos, arquivos com imagens, áudios e vídeos, e-mails, redes sociais, histórico de navegação de internet e localização.
De acordo com a acusação, Ingridih Nohana Carvalho Melo teria morrido em decorrência de estrangulamento provocado por João Victor Barbosa Pereira. Segundo o órgão, os dois se conheciam há aproximadamente dois meses e marcaram, pelo WhatsApp, o encontro no motel.
Ao tentar sair desacompanhado do estabelecimento, João Victor foi impedido por funcionários, que informaram ao suspeito que ele só poderia sair do local com a acompanhante ou com a autorização dela.
Após a informação, Victor retornou ao quarto e deslocou a vítima para o banheiro, de acordo com testemunhas, colocando-a sentada no vaso sanitário curvada para frente. Dois funcionários presenciaram a ação, enquanto o suspeito ligava para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).
No local, médico do Samu atestou que a vítima já estava morta e que havia sinais de estrangulamento.