Um Trecho da avenida Sargento Hermínio, no bairro Monte Castelo, começou a receber piso intertravado. A instalação faz parte da obra de duplicação da via, que teve início em novembro de 2003. Etapa atual começou em 2020 e tem previsão de entrega para o primeiro semestre de 2023.
Os serviços de alargamento na avenida acontecem no trecho de dez quarteirões entre as ruas Henrique Elery e Gerson Farias. Enquanto quem mora ou passa no sentido Presidente Kennedy/Monte Castelo sofre com a areia carregada pelos ventos, a situação no outro lado é mais complicada.
A pavimentação é feita a poucos metros de pontos que ainda passam por intervenções de drenagem e terraplanagem. O resultado para moradores, pedestres e comerciantes é precisar andar pelo canteiro de obras e correr riscos, além da perda de clientes.
“Tem mais ou menos uns dois meses que a obra recomeçou. Está bem complicado o acesso, e as vendas diminuíram bastante”, conta Vanessa Oliveira, que trabalha em uma lanchonete. “A gente está esperando que realmente termine, que não seja só por estar próximo das eleições.”
Carlos Alberto Nunes trabalha em uma clínica médica na região e também acompanha a obra e seus impactos. “Na outra semana, um senhor de 86 anos caiu quando foi entrar no carro. Tropeçou nessas telas de proteção”, conta.
“Aqui mais perto os carros não podem nem entrar, porque é área de circulação dos tratores. Então tem que parar no meio da rua, ali junto com esse meio fio que fizeram para separar a obra. Muita gente parou de vir, porque ficou muito difícil para chegar e sair.”
“Quando terminar, vai ficar bom. O problema é o transtorno até lá”, resume Carlos, que espera ver a “situação ficar melhor” nas próximas semanas. “Ainda tem muito aqui, mexe lá, mas esse calçamento parece que até semana que vem chega aqui em frente.”
Conforme a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), o trecho vem recebendo sistema de drenagem, novas calçadas, meio fio e nova pavimentação em piso intertravado.
Guilherme Gouveia, coordenador de projetos da pasta, explica que a escolha do novo piso leva em consideração alguns fatores como maior durabilidade e resistência em relação ao asfalto, alta capacidade de escoamento das águas na via, manutenção mais econômica e melhora na sensação térmica por refletir mais luz.
“As obras estão em andamento. Neste momento, a gente está concentrado no trecho próximo ao polo de lazer. As obras de drenagem e terraplanagem já foram executadas, e agora estamos fazendo a pavimentação”, detalha Gouveia. “A previsão de término é para o início do primeiro semestre do próximo ano”, afirma.
O projeto de duplicação da avenida Sargento Hermínio foi publicado no Diário Oficial do Município em 2003, na gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães. O alargamento da via teve início em novembro daquele ano e, desde então, foi paralisado diversas vezes, passando pelas prefeituras de Luizianne Lins, Roberto Cláudio e José Sarto.
A obra não chegou a impedir o tráfego na região, mas o tornou lento e conturbado. De acordo com estimativa da gestão municipal, cerca de 30 mil veículos particulares e coletivos trafegam todo dia pela avenida que corta seis bairros de Fortaleza.
Na primeira etapa da obra, aproximadamente 1 km da via foi duplicado em dois trechos: entre a avenida José Jatahy e a rua Padre Anchieta e entre a rua Olavo Bilac e a avenida Dr. Theberge. O primeiro trecho foi concluído em 2011. Já o segundo foi realizado para permitir o acesso ao shopping RioMar Kennedy, inaugurado em 2016.
As obras da segunda etapa, que abrange trecho de 1,5 km entre as ruas Padre Anchieta e Olavo Bilac, começaram em junho de 2020 com prazo previsto de 18 meses. Passados dois anos, a Seinf indica que as intervenções estão 40% concluídas. O mesmo percentual foi informado pela pasta em março deste ano, quando o Governo do Estado cedeu parte do terreno da Expoece para concluir a duplicação.
O investimento de verbas públicas é de R$ 25 milhões.