Dois lotes de dipirona endovenosa (aplicada na veia) foram recolhidos pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) após quatro pacientes apresentarem suspeitas de reações adversas ao medicamento no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). O caso foi notificado no sábado passado, 3.
Em comunicado nesta segunda-feira, 5, a secretaria informou que foi aberta uma investigação com apoio da Vigilância Sanitária (Covis) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievis) para apurar o caso.
De acordo com o Hospital Geral de Fortaleza (HGF), quatro pacientes internados na unidade apresentaram suspeitas de reações adversas após administração da medicação dipirona endovenosa.
Após as reações, a aplicação do fármaco foi imediatamente suspensa, de forma preventiva, e os lotes recolhidos para análise.
“A Dipirona endovenosa foi temporariamente substituída por medicamentos similares sem prejuízo aos pacientes do Hospital até que se concluam as investigações”, disse a unidade em nota.
Pelas redes sociais, circularam algumas mensagens sobre boatos de óbitos de pacientes após a reação do medicamento. No entanto, a Sesa, em comunicado, informou que nenhuma morte foi confirmada em relação ao caso.
A Unimed Fortaleza também informou, em nota, que não houve nenhum caso de paciente com reação à medicação dipirona no Hospital nos últimos dias.
Segundo a rede, ao tomar conhecimento de casos ocorridos em outras unidades de saúde, a “diretoria do Hospital, juntamente com o setor de Farmácia Clínica, decidiu recolher por precaução todos os lotes do referido medicamento que estavam em seus estoques, suspendendo a utilização dele”.
O Instituto Doutor José Frota (IJF), localizado em Fortaleza, disse que não foram registrados nenhuma reação adversa ao uso de dipirona de pacientes internados no hospital.
No entanto, após os casos suspeitos no HGF, a medicação foi suspensa na unidade, de forma preventiva, até o pronunciamento dos órgãos de vigilância sanitária. “Alternativas terapêuticas estão sendo administradas para a substituição da medicação sem qualquer prejuízo aos usuários”, disse em nota.