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Falta de recenseadores leva IBGE a prorrogar prazo final do Censo 2022 para dezembro
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Falta de recenseadores leva IBGE a prorrogar prazo final do Censo 2022 para dezembro

O resultado do Censo 2022 deveria ser divulgado no fim de outubro. Somente 49% da população brasileira já foi recenseada. Em 2010, nesse período, a coleta chegava aos 86,9%.
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Censo busca novos recenseadores para encurtar prazo da pesquisa (Foto: Reprodução/IBGE)
Foto: Reprodução/IBGE Censo busca novos recenseadores para encurtar prazo da pesquisa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) anunciou nessa segunda-feira, 3, o prorrogamento do prazo do Censo Demográfico para o início de dezembro por conta da falta de recenseadores. Dados coletados apontam 104 milhões de brasileiros já recenseados.

Até o momento, o número de recenseadores é de 95.448, o que corresponde a 52,42% das vagas disponíveis e previstas para a operação.

O trabalho de levantamento, realizado desde 1° de agosto deste ano, tinha a expectativa de ser encerrado no final de outubro. O ritmo é mais baixo que o de 2010, quando 154 milhões de brasileiros já estavam recenseados.

Estados como o Mato Grosso (38,49%), Roraima (45,18%) e Acre (48,79%) possuem o pior déficit de setores trabalhados no país. O Ceará tem o pior desempenho no Nordeste, com 54,30%. 

Em vídeo divulgado no site do instituo, o diretor de Pesquisas, Cimar Azeredo, atribuiu esta dificuldade à "produtividade baixa ou poucos recenseadores em algumas regiões e à recusa de respostas em domicílios em localidades de alta renda".

Azeredo citou que o atraso nos pagamentos dos recenseados foi "pontual" e reflete um problema "operacional, e não a falta de recursos". "Estamos trabalhando na melhora na remuneração desses recenseadores de forma a tornar essa remuneração mais atrativa", disse o diretor.

O IBGE informou também que está levantando junto às unidades estaduais o valor que será necessário demandar ao governo para completar o trabalho de campo do Censo Demográfico 2022.

O IBGE tem 140.572 recenseadores contratados, mas apenas 95.448 deles produtivos. Embora haja dificuldade de recrutamento em alguns municípios específicos, o instituto reconhece que a retenção desses trabalhadores é um desafio, e a solução passa, fundamentalmente, pela melhora na taxa de remuneração.

"Nosso maior desafio hoje é aumentar o número (de recenseadores) que esteja efetivamente trabalhando", contou Bruno Malheiros, coordenador de Recursos Humanos do IBGE. "A gente está aumentando a taxa de remuneração em diversos setores."

Além da melhora na taxa de remuneração por questionários, o órgão também informou ter elevado o auxílio locomoção. "Acaba funcionando como um bônus", disse Malheiros.

O gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, destacou que cerca de 2,27% dos domicílios se recusaram a responder, percentual que espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.

Segundo ele, "a participação dos prefeitos com o IBGE é fundamental para a realização do Censo Demográfico. É assim no mundo todo, e não poderia ser diferente aqui no Brasil", concluiu Duarte. (Com Agências)

 

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