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Clube de tiro diz que dono da arma que matou adolescente em escola não frequentava o local
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Clube de tiro diz que dono da arma que matou adolescente em escola não frequentava o local

Investigação.
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A Polícia Civil acredita que Antonio Felipe de Sousa não pratica tiro e apenas usou o registro de CAC como subterfúgio para adquirir a arma de fogo que acabaria sendo usada na tragédia. "Uma das linhas de investigação é que ele teria vendido a arma de fogo de forma clandestina, sem seguir os protocolos legais e regulamentares", afirmou o delegado Márcio Gutiérrez.

O POVO teve acesso ao inquérito policial que investiga a conduta dele, em que consta que o clube de tiro em que Antonio Felipe solicitou a guia de trânsito (obrigatório para que o usuário possa transportar a arma para o clube) afirmou que o suspeito nunca foi ao estabelecimento para atirar em estandes ou participar de cursos ou competições. Antonio Felipe diz que teve a arma furtada, provavelmente, do porta-luvas de seu carro. Ele diz ter percebido o crime em 2 de outubro, mas que não fez boletim de ocorrência porque o site da Delegacia Eletrônica apresentava uma falha. Histórico de navegação de aparelhos usados por Antonio Felipe não mostram acesso ao site, mas ele diz que o fez através da navegação anônima. Antonio Felipe também afirmou que não buscou uma delegacia presencial por não ter tido tempo. Sobre não ter efetuado disparos no clube de tiro, ele disse que praticou sim em um estande no fim de 2021 e que, na ocasião, não lhe foi pedido a assinatura de nenhum registro.

De acordo com Gutiérrez, nos depoimentos colhidos foram registradas "diversas contradições, de tempo, de local" que levaram ao pedido de prisão.

 

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