Os açudes do Ceará encerraram fevereiro com 5,79 bilhões de metros cúbicos (m³) de água. O volume represado nos 157 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) representa um total 31,2% da capacidade do Estado.
De acordo com dados da Cogerh, esta é melhor reserva hídrica ao fim do primeiro mês da quadra chuvosa desde 2013.
Há uma década, o Ceará encerrou fevereiro com 7,76 bilhões de m³ de água. Desde então as reservas não haviam passado dos 5 bilhões de m³, mesmo tendo ganho dois novos reservatórios em 2022.
Até 2017, ano de uma das piores crises no Estado, o volume dos açudes caiu continuamente para o mês e chegou a 1,2 bi m³.
O volume atual é resultado de anos com boas quadras chuvosas e bons aportes hídricos. As chuvas de 2022 ajudaram o volume do Orós, segundo maior açude cearense, a aumentar. O acumulado chegou a 50%. Hoje o reservatório atinge 45,89% da capacidade total.
O aporte do ano passado também gerou uma boa recuperação do Castanhão, o maior do Ceará, e influenciou na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), cuja bacia chegou a atingir 100% de aporte nos açudes. Conforme o Governo, à época, a situação excluiu a necessidade de transferência de água do Castanhão para a RMF.
Atualmente, o sistema hídrico cearense apresenta um cenário de atenção, mas confortável, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos. Das 12 bacias monitoradas, apenas quatro estão com menos de 40% da capacidade: Banabuiú (9,57%), Curu (16,4%), Médio Jaguaribe (18,90%) e Sertões de Crateús (13,15%).
Conforme boletim da Cogerh, informações de ontem, o Ceará tem seis açudes sangrando: Caldeirões, Valério, Acarape do Meio, Germinal, Tijuquinha e Rosário. Outros sete têm volumes entre 90% e 100%.
No outro extremo, 67 reservatórios estão com menos de 30% da capacidade.