Morreu na madrugada dessa terça-feira, 20, o adolescente de 16 anos que foi baleado após um ex-aluno invadir a Colégio Estadual Professora Helena Kolody em Cambé, no Paraná, e atirar contra dois estudantes. Luan Augusto da Silva veio a óbito às 3h27 dessa terça, segundo informações dadas por familiares. Ele estava internado em estado gravíssimo. A primeira vítima do ataque era namorada de Luan: Karoline Verri Alves, de 17 anos, morreu no local da tragédia após também ser atingida por disparos.
Conforme o governo estadual, o ex-aluno entrou armado no colégio nesta segunda-feira, 19, alegando que solicitaria um documento. O município fica a cerca de 15 quilômetros de Londrina. Ele fez os disparos e foi detido após ser imobilizado por uma pessoa e encaminhado pela polícia para Londrina, cidade vizinha. A polícia ainda investiga a motivação do crime.
Segundo o o delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Fernando Amarantino Ribeiro, que investiga o caso, o ex-aluno premeditou o crime. "Ele tinha essa ideia na cabeça há quatro anos. Ele comprou o revólver, já com um tempo considerável, há um mês e meio", disse o delegado. Foi revelado que o agressor é esquizofrênico e estava em tratamento, de acordo com informações fornecidas por sua família.
O autor revelou, durante depoimento, que o ataque à escola ocorreu como forma de retaliação aos episódios de bullying supostamente sofridos por ele no período em que estudou na instituição. O suspeito frequentou o colégio por pelo menos sete anos e saiu em 2014.
Após mais essa tragédia, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) reafirmou que mantém o monitoramento de ameaças pela internet e que, desde abril, com o início da Operação Escola Segura, já foram presas ou apreendidas 368 pessoas (entre adultos e adolescentes).O monitoramento ocorre, segundo o MJSP, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) e pela coordenação-geral de Inteligência do ministério.
O trabalho acontece, de acordo com o governo, com delegacias de crimes cibernéticos das principais regiões brasileiras. "Além disso, centenas de profissionais de segurança pública de diversas agências de inteligência e delegacias de polícia, de forma integrada, realizaram múltiplas ações relacionadas à temática", garantiu o Ministério da Justiça. (Agência Estado e Agência Brasil)