Durante o dia de ontem, os moradores do Grande Pirambu passaram a voltar à rotina. Com a presença da Guarda Municipal, escolas e unidades de saúde funcionaram normalmente. Os agentes de segurança também atuaram na escolta de caminhões da coleta de lixo.
Na praça do Carlito Pamplona, aos poucos as pessoas chegavam timidamente, ainda preocupados com as ações criminosas ocorridas principalmente na quinta-feira, 10. Os estabelecimentos abriram normalmente na avenida Dr. Theberge, um dos pontos com maior concentração de comércios na região.
No residencial Dom Hélder Câmara, no Carlito Pamplona, um dos epicentros do conflito, O POVO constatou forte presença da Polícia Militar. Já na comunidade do Gueto, na Barra do Ceará, não havia viaturas na entrada. Foi para a comunidade que um motorista por aplicativo foi levado, agredido e ameaçado de morte na noite dessa quarta-feira, 9. Ele aceitou uma corrida na Praia de Iracema e, ao chegar às proximidades da Upa do Pirambu, o passageiro passou a afirmar que o motorista queria levá-los para um território rival. Ele foi salvo por PMs.
Ainda na Barra, moradores remontaram o dia de terror que viveram ontem. A vizinhança mostrou ao O POVO áudios dos tiros que escutavam durante a madrugada. Também foi relatado que homens em motocicletas passavam nas ruas avisando para "fechar tudo".
Cerca de 170 policiais, entre militares e civis, atuam na área, que conta com o apoio de helicópteros da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer). (Lucas Barbosa e Jéssika Sisnando)