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Ceará Sem Fome: Fortaleza deve ter 13 cozinhas solidárias inauguradas nesta semana
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Ceará Sem Fome: Fortaleza deve ter 13 cozinhas solidárias inauguradas nesta semana

Estado projeta chegar a 1.298 espaços para atender à população em vulnerabilidade social, com até 100 mil refeições distribuídas por dia
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FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 04.09.2023:  O Governador Elmano de Freitas e a primeira dama, Lia de freitas, visitam a primeira cozinha do Programa Ceará Sem Fome, Papicu. (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 04.09.2023: O Governador Elmano de Freitas e a primeira dama, Lia de freitas, visitam a primeira cozinha do Programa Ceará Sem Fome, Papicu.

O programa Ceará Sem Fome inaugurou a primeira cozinha solidária ontem, em Fortaleza. Localizada na Associação Comunitária Lagoa do Papicu, o equipamento irá atender a população carente da região e do bairro Vicente Pinzón. Além desse espaço, o Governo do Ceará deve abrir, até o fim desta semana, mais 12 cozinhas para gerenciar, produzir e distribuir refeições para pessoas em extrema pobreza na Capital.

Durante a inauguração, o governador do Estado, Elmano de Freitas (PT), realizou a primeira visita ao local. “Em Fortaleza, temos para iniciar 171 cozinhas comunitárias para a gente distribuir refeições para a população carente”, projetou. Ainda conforme o governador, foram investidos R$ 33.815.000 no programa. O valor será destinado a compra de insumos, restauração e construção das cozinhas.

Segundo a primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do programa, Lia de Freitas, atualmente a Capital já conta com 600 pessoas sendo alimentadas por meio do programa. “São duas cozinhas na região do Papicu, e temos mais quatro cozinhas no bairro Jardim Iracema e Floresta. Amanhã, nós teremos mais sete cozinhas. Vamos abrir em progressão geométrica”, informa. A Secretaria de Proteção Social do Estado (SPS) citou ainda que serão inaugurados, até o fim de semana, equipamentos nos bairros Aldeota, Cais do Porto, De Lourdes, Meireles, Mucuripe e Varjota.

Ainda segundo Lia de Freitas, as cozinhas do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) também estão sendo contempladas no programa. “Temos duas cozinhas na região do Jangurussu, que estão cadastradas no programa. Essa mesma entidade que está já com quatro cozinhas no Jardim Iracema vai estar gerenciando as cozinhas no Jangurussu. Requer, só agora, um repasse de insumos e abertura das estruturação das normas para que a gente possa iniciar”, disse.

Antes do programa do Governo do Estado, as cozinhas do MTST foram criadas durante a pandemia da Covid-19, em 2020, para levar alimento para à população em vulnerabilidade social. Os equipamentos transformaram-se numa corrente solidária para ajudar pessoas que estavam passando fome. Através de doações, esses espaços viveram momentos de panelas cheias e a distribuição de marmitas e cestas básicas conseguiu minimizar o desespero de famílias. A iniciativa foi sancionada pelo presidente Lula (PT) em julho.

Coordenadora do Programa Ceará Sem Fome, Maristela Pinheiro destacou a importância desse política e a expectativa para o funcionamento de todas as cozinhas previstas no programa. “Além do alimento, a gente está trazendo também cidadania e dignidade para essas pessoas que estão em insegurança alimentar. A gente quer que até final de setembro todas as cozinhas estejam funcionando, tanto Fortaleza como no interior do Estado”, comenta.

Ao todo, o programa prevê o funcionamento de 1.298 cozinhas solidárias, com 100 refeições sendo distribuídas diariamente para os beneficiários do programa. Para o presidente da Associação Comunitária Lagoa do Papicu, Marcos Barbosa, essa primeira cozinha vai trazer alimento para quem necessita. “Aqui na comunidade, é cheio de recicladores, que não tem alimento diário. O principal impacto desse programa é o combate à fome”, pontua.

Segundo a SPS, serão pelo menos duas cozinhas em cada um dos 184 municípios cearenses.

O pacto por um Ceará Sem Fome foi lançado em junho deste ano e beneficia milhares de famílias cearenses com o cartão do programa. Nesta nova fase da política, estão sendo vinculadas cozinhas para beneficiar pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, e que não estão inseridas na lista das mais de 43 mil famílias beneficiadas pelo benefício. No cartão, os contemplados recebem R$ 300 restritos à compra de comida.

Após a inauguração dos espaços, os próximos passos, de acordo com Elmano, são mapear quem vai até essas cozinhas. O objetivo é perceber quem da família está hábil a fazer um curso de capacitação, identificar potenciais vagas de emprego para essa pessoa e assim “talvez no futuro, ela nem precise mais pegar essa refeição aqui”.

As cozinhas solidárias são gerenciados por uma rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições (USPRs), divididas em 39 lotes administrados por 24 Unidades Gerenciadoras, que foram selecionadas mediante a realização de um edital de chamamento público. Além da cozinha situada na comunidade da Lagoa do Papicu, mais de 200 USPRs já estão cadastradas.

 

 

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