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Vila cearense muda hábito e se torna exemplo no recolhimento de recicláveis
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Vila cearense muda hábito e se torna exemplo no recolhimento de recicláveis

Situada em Acaraú, Barrinha Baixo atingiu 20% do índice de recolhimento do potencial de materiais recicláveis produzidos
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Iniciativa foi adotada pela comunidade (Foto: @taygoara_martins)
Foto: @taygoara_martins Iniciativa foi adotada pela comunidade

Barrinha Baixo, vila situada no município de Acaraú, a 233,5 km de Fortaleza— tem se destacado no gerenciamento de resíduos e coleta seletiva. Segundo dados da empresa social Visões da Terra, a localidade atingiu em um ano a marca de 20% do índice de recolhimento do potencial de materiais recicláveis produzidos. Número é mais do que o dobro da média nacional indicada no Sistema Nacional de Resíduos Sólidos (SNIR), de 9%.

Foram recuperadas, ao todo, 18 toneladas de resíduos recicláveis na vila, que equivale a "11 caminhões de materiais que deixaram de ir para os lixões". Para chegar ao resultado, contudo, foi preciso um trabalho longo e de múltiplas mãos, pois a comunidade não tinha o costume de coletar utensílios desse porte.

Pontapé para a mudança de hábito foi dado em 2022, quando o Instituto Camboa, fundado pelo Grupo Carnaúba, contratou a Visões da Terra para pensar em alternativas que diminuíssem o impacto ambiental causado pelo crescimento populacional observado na região. 

A empresa, que atua com consultoria em sustentabilidade, fez um diagnóstico da área e organizou um planejamento participativo. A partir disso e de conversas realizadas com moradores da comunidade, foram idealizadas diversas ações e projetos, como o programa “Mais Vida, Menos Lixo”, cujo nome foi escolhido por estudantes da Escola Expedito José de Freitas.


Iniciativa uniu representantes da região, do poder público, de empreendimentos turísticos e da cooperativa de catadores da região, a Coopbravo. "Teve muito respeito para (o projeto) chegar à comunidade", destaca Oriana Tanaka, diretora da Visões da Terra.

Dentre as ações que foram realizadas, ela frisa a implantação de lixeiras elevadas, a coleta feita porta a porta por meio da cooperativa, o ordenamento dos materiais recicláveis e não recicláveis e as ações educativas para os moradores, como oficinas nas escolas e amostra científica de reciclagem.

"A educação ambiental é muito importante para o engajamento (da população)", destaca a diretora.  Como resultado das ações, a iniciativa teve adesão de 97% dos moradores e, atualmente, "a comunidade já encaminha para a reciclagem mais de 20% do potencial dos materiais recicláveis produzidos, gerando renda para os cerca de dez catadores cooperados da Coopbravo".

Índice é mais do que o dobro da média brasileira, que é de 9%, segundo o SNIR. Dados são contabilizados levando em consideração o total de resíduo produzido e a quantidade que tem potencial para ser reciclada. 

Projeto também contou com apoio da Prefeitura Municipal de Acaraú, por meio da Secretaria de Meio Ambiente. De acordo com o secretário de Meio Ambiente do Município, José Itamar Ferreira, a intenção agora é que o projeto faça parte dos programas oficiais de coleta seletiva da Cidade.

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