No Ceará, 32% (1.882) das 5.913 escolas públicas do ensino básico não têm internet de qualidade. A promessa do Governo Federal, por meio da Estratégia Nacional Escolas Conectadas, é levar banda larga fixa de fibra óptica as 1.882 unidades do Estado sem esse tipo de acesso até 2026.
Programa nacional foi lançada na última terça-feira, 26. Objetivo é levar internet de qualidade à 138,3 mil unidades de todo o Brasil. O programa, cujo investimento é R$ 8,8 bilhões, será coordenado pelos Ministérios da Educação (MEC) das Comunicações (MCom).
A meta é garantir conexão por fibra óptica ou via satélite com velocidade de pelo menos 1 Mbps por aluno. Das 27 unidades federativas, as 13 com menor taxa de acesso a internet de qualidade estão localizadas no Norte ou no Nordeste.
No Estado, são cerca de 1,7 milhão de matrículas na educação básica. Ceará é um dos seis estados brasileiros sem nenhuma escola sem energia, conforme dados do MEC com base no Censo Escolar de 2022.
Conforme levantamento do ministério, 42% (2.519) das unidades públicas de ensino básico não têm nem acesso acesso por Wifi. Em 74% (4.380) das escolas, não há dispositivos em quantidade adequada.
Conforme o Governo Federal, o Ceará tem 461 escolas com velocidade de internet monitorada e adequada, 1.921 com velocidade monitorada, mas de qualidade insuficiente. Outras 3.531 não têm qualquer tipo de monitoramento com relação à velocidade.
Segundo o programa, estas unidades devem receber Medidor Educação Conectada, disponibilizado pelo MEC, por meio do qual cada escola pode medir a velocidade disponível nas suas dependências.
Para as escolas que não possuem acesso a energia elétrica ou que possuem somente acesso à energia elétrica de gerador fóssil, será viabilizada a conexão com a rede pública de energia ou geradores fotovoltaicos.
José Marques Aurélio, secretário da Educação de Jucás e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação no Ceará (Undime-CE), destaca que a Internet é uma das ferramentas de aprendizagem "mais importantes do mundo".
Segundo ele, a falta de acesso à Internet ou um acesso de baixa qualidade pode aumentar o nível de desigualdades sociais. "Uma forma de atenuar estas desigualdades seria o maior acesso à Internet de qualidade para verificar as informações e ampliar o universo cognitivo", avalia.
"A conectividade nas escolas, para além da gestão administrativa institucional, irá proporcionar a execução de estratégias pedagógicas no formato online. Possibilitará o uso de recursos de gestão educacional; o cotidiano com aulas mais dinâmicas por meio do uso de áudios, vídeos, jogos", acrescenta o secretário.