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Com 42 casos, Ceará tem neste ano o maior número de feminicídios desde 2018
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Com 42 casos, Ceará tem neste ano o maior número de feminicídios desde 2018

É o maior número de casos já registrados desde que a SSPDS passou a compilar a estatística
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YANNY BRENA era presidente da Câmara de vereadores de Juazeiro do Norte (Foto: Reprodução / Instagram / Yanny Brena)
Foto: Reprodução / Instagram / Yanny Brena YANNY BRENA era presidente da Câmara de vereadores de Juazeiro do Norte

Francisca Fátima, Maria Zilma, Antônio José Maciel, Naiana, Synara, Jucileide, Antônia Evilenne, Yanny Brena, Monalisa, Nagela, Celia Maria, Maeva, Cristiane, Maria Jaqueline, Isabelly Karyn, Leda Francisca, Kellianne, Maria Marta, Talita, Francisca Patrícia, Juliana, Maria Helita, Auridene, Claudineide, Marilze, Francisca Laura, Francina, Maria da Natividade, Ruth, Maria Raícia, Maria de Fátima, Cláudia, Maria Simone, Maria Karliane, Janaína, Francisca Davila, Maria Clara e Larissa.

Dezembro ainda não terminou, mas 2023 já é o ano em que o Ceará registrou o maior número de mulheres que foram mortas por serem mulheres. Somente até o dia 20 de dezembro, mais recente atualização disponibilizada, foram 41 feminicídios registrados neste ano no Estado — a 42ª vítima foi Larissa Evangelista Tavares, morta em Maracanaú (Região Metropolitana de Fortaleza) na noite de Natal. É o maior número desde 2018, início da série histórica. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Às vítimas de feminicídios nomeadas no primeiro parágrafo podem, porém, se juntar várias outras, já que outras mortes de mulheres têm investigação em andamento que podem concluir que também a questão de gênero foi motivação.

Há ainda casos que foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPCE) como feminicídios, mas que não foram identificados assim nas estatísticas da SSPDS. São exemplos os casos de Bárbara Hellen Costa de Almeida Bessa, morta no Centro de Fortaleza, em 15 de abril, pelo ex-companheiro, Alef Maciel Lopes — que segue foragido até hoje. Ou então o caso de Maria Tereza Xavier, morta pelo ex-companheiro, Gleydson Alves Antão, em 9 de julho em Missão Velha (Cariri Cearense).

Ao todo, 256 mulheres foram assassinadas no Ceará até o dia 20 de dezembro passado, o que representa uma redução de 3,39% em relação às 265 vítimas do mesmo período de 2022.

Em nota, a SSPDS destacou manter, ao lado da Secretaria de Mulheres do Ceará, diversas iniciativas para a responsabilização de feminicidas, mas também para a prevenção desses crimes.

“Os esforços vão desde a formação inicial e continuada dos servidores da Segurança, por meio da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), ações de policiamento ostensivo e até palestras coordenadas pela Divisão de Proteção ao Estudante (Dipre) da PCCE e pelo Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) da Polícia Militar do Ceará (PMCE)”, disse a pasta.

A SSPDS ainda destacou a existência de 10 Delegacias de Defesa da Mulher no Ceará e que mais três unidades da Casas da Mulher Brasileira (CMB) serão construídas no Ceará. “Em alguns municípios sem a unidade especializada, a PCCE instala, gradativamente, as Salas Lilás e Núcleos Integrados de Atendimento à Mulher (Nuiams)”.

Por fim, a pasta frisou que, desde agosto, o Estado dispõe de um sistema on-line para solicitar medidas protetivas de urgência que dispensa a necessidade do registro do Boletim de Ocorrência. E que denúncias de violência contra mulher feitas ao 190 contam com um protocolo que garante o envio de uma equipe especializada do Grupo de Apoio às Vítimas de Violência (Gavv) para acompanhar a situação.

 

 

Feminicídios ano a ano

2018: 30

2019: 34

2020: 27

2021: 31

2022: 29

2023: 42*

*Números ainda não consolidados

Fonte: SSPDS

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