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Na Quarta-feira de Cinzas, arcebispo de Fortaleza frisa a importância da caridade
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Na Quarta-feira de Cinzas, arcebispo de Fortaleza frisa a importância da caridade

Momento dá início ao tempo da Quaresma e conta com o ato sacramental de se passar cinza nas testas de devotos, no formato do sinal da cruz
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FORTALEZA, CEARÁ,  BRASIL- 14.02.2024: Missa quarta-feirade cinzas,  na Catedral da Sé de Fortaleza, presidida por Dom Gregório. (Foto: Aurélio Alves/ O POVO) (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL- 14.02.2024: Missa quarta-feirade cinzas, na Catedral da Sé de Fortaleza, presidida por Dom Gregório. (Foto: Aurélio Alves/ O POVO)

Marcando o início da Quaresma, a Igreja Católica celebrou missas de Quarta-feira de Cinzas, em várias paróquias de Fortaleza. Na Catedral Metropolitana, uma das celebrações foi presidida pelo arcebispo dom Gregório Paixão, que falou aos fiéis presentes sobre caridade e destacou a importância "de olhar para o outro". 

Momento dá início ao tempo da Quaresma e conta com o ato sacramental de se passar cinza nas testas de devotos, no formato do sinal da cruz, em um gesto que significa que "viemos do pó e ao pó voltaremos". Este período é de preparação para a Páscoa e tem como pontos o jejum, a oração e a caridade.

Quem dá a explicação é dom Gregório, que celebrou sua primeira Missa de Cinzas na Capital como arcebispo de Fortaleza. Antes da celebração começar, o clérigo falou ao O POVO sobre os fundamentos que norteiam a época e destacou a caridade como uma das ações necessárias de ser adotada por fiéis. 

"De um modo especial esse ano a Quarta-feira de Cinzas deseja abrir o nosso coração para um olhar especifico sobre a caridade humana; sobre a caridade humana no coração das outras pessoas", diz.

"Caridade é fazer com que nós reconheçamos que não estamos no mundo sozinho (...) É cuidar daqueles que estão abandonados, quebrar as raivas que nós temos e lançar para fora de nós aquilo que realmente não serve (...) Existe uma caridade que a gente faz pelo outro (..) Mas tirar de nós aquilo que não serve também é uma grande caridade para nós mesmo", explica ainda o religioso. 

Durante a missa, o arcebispo repercutiu a palavra para as dezenas de fiéis que se fizeram presentes. Na ocasião, o religioso falou aos devotos sobre a importância de "sair de si", "para ter essa grande alegria de enxergar que o outro não é nosso adversário, mas que sempre será verdadeiramente nosso irmão".

Fiéis enxergam no momento um "reencontro" com Cristo 

Durante o sermão, dezenas de fiéis mantinham os olhos no arcebispo e acolhiam suas palavras com devoção. Dentre eles estava Jorge Helder, 36, que foi para a igreja acompanhado da esposa e dos filhos.

"A Quaresma é um caminho de retorno. É um tempo de silenciar mais, olhar para o nosso interior, conhecer quem somos e quem Cristo é", destaca o gestor de compras. 

Para Nara Castro, 31, missionária da Shalom, o período é um tempo propício "para se aprofundar mais ainda em oração e buscar cada vez a santidade". "É sempre um recomeçar, porque na verdade o mundo nos rouba muito de Deus, em vários aspectos. É como um pecador que volta a casa de Deus", destaca.

Diferente de Jorge e Nara, André Santos, 42, assistiu à missa do lado de fora do local. Encostado na parede, ele ouvia o arcebispo de forma tímida, confessando que aquele era seu retorno à igreja, pois precisou se afastar devido a problemas pessoais. "Para mim (estar aqui hoje) é uma maneira de não abandonar completamente a Eucaristia", confessa o empreendedor, dono do "Baiano Lanche".

Confira imagens do momento:

 

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