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Quatro PMs são presos suspeitos de envolvimento na morte de enfermeira na Leste-Oeste
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Quatro PMs são presos suspeitos de envolvimento na morte de enfermeira na Leste-Oeste

A profissional da saúde foi morta no dia 15 de maio. Defesa dos PMs, advogado Walmir Medeiros, afirma que um deles foi detido por ter consultado, em serviço, após o crime, a placa do carro e o nome da vítima
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JANDRA era diretora de uma unidade hospitalar em Fortaleza  (Foto: Reprodução/redes sociais)
Foto: Reprodução/redes sociais JANDRA era diretora de uma unidade hospitalar em Fortaleza

Após o crime que vitimou a diretora administrativa hospitalar Jandra Mayandra da Silva Soares, de 36 anos, quatro policiais militares foram presos suspeitos de envolvimento na morte da profissional. O caso foi registrado no dia 15 de maio, na avenida Presidente Castelo Branco, conhecida como Leste-Oeste,
e os mandados de prisão temporária foram cumpridos ontem, 6. Os agentes de segurança foram encaminhados à Delegacia de Assuntos Internos (Dai), da Controladoria Geral de Disciplina (CGD).

O POVO apurou que Jandra era graduada em enfermagem e conduzia o próprio carro na Leste-Oeste no bairro Pirambu, em Fortaleza. Uma testemunha que estava com ela no momento do crime relatou à Polícia que um motociclista colidiu na traseira do carro de Jandra e em seguida passou pelo carro ainda atingindo o retrovisor. A mulher discutiu rapidamente e em seguida o piloto aguardou a condutora no sinal de trânsito e efetuou os disparos, que resultaram na morte. 

Após o crime, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local colhendo as primeiras informações sobre a ocorrência.

O percurso feito por Jandra era rotineiro e ela passava pela via diariamente, pois era o caminho entre a casa e o trabalho. O criminoso teria usado uma moto com a placa encoberta, o que dificultava a identificação do veículo, conforme O POVO apurou. Jandra já havia trabalhado na cidade de Sobral, onde foi ameaçada. Um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi registrado na época. Ela morava em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza. 

Procurada pelo O POVO, a defesa de dois militares, realizada pelo advogado Walmir Medeiros, afirma que os policiais estão presos por um desses militares, em serviço, e no momento do crime, ter feito uma consulta na placa do carro que estava a mulher morta. E em seguida consultou o nome da vítima, com base na placa do automóvel. 

Para a defesa, o policial militar foi preso por ter consultado o nome da vítima da ocorrência. "Tentar produzir um culpado gera uma perda de energia", ressalta o advogado que critica a forma como a investigação foi conduzida. 

Nas redes sociais há uma campanha para auxiliar um dos policiais militares, que seria inocente, conforme os colegas de trabalho, e que após ser preso se ausenta dos cuidados dos dois filhos autistas.  

De acordo com a CGD, o trabalho foi realizado por meio da CGD e Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Além dos cumprimento dos quatro mandados de prisão também foi cumprido um quinto mandado de busca e apreensão de um quinto envolvido. 

"As ações desta quinta-feira, 6, tiveram como objetivo a coleta de elementos de informação, especialmente quanto à motivação e identificação de todos os suspeitos", divulgou a CGD por meio de nota. 

 

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