Entre os estados do Nordeste, o Maranhão tem a maior área em situação de seca, com 73% do seu território enfrentando uma seca classificada como fraca. Em segundo lugar vem a Bahia, que, embora tenha uma área afetada menor, apresenta uma seca mais severa: 26% de seu território está sob seca moderada e 45% em seca fraca.
Em junho deste ano, o Nordeste registrou 8% de seu território com seca moderada e 33% com seca fraca. No mês seguinte, essas porcentagens aumentaram para 13% com seca moderada e 57% com seca fraca.
"Os prognósticos indicam chuvas de normais a um pouco abaixo da média para o próximo trimestre, o que sugere que a situação não se tornará tão grave quanto no Norte e Centro-Oeste" concluiu Alessandra Daibert, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
A área afetada pela seca no Brasil aumentou, entre junho e julho, de 5,96 milhões km² para 7,04 milhões de km², o que corresponde a 83% do território nacional. "O que temos observado, especialmente no Norte e Centro-Oeste, é uma seca com uma severidade mais incomum, pois está abaixo da média para essa época do ano", pontuou Alessandra Daibert.
O próximo período chuvoso é decisivo para uma melhora da condição de aridez. "Deve começar no final de setembro e início de outubro. No entanto, os prognósticos dos institutos de climatologia indicam chuvas abaixo da média nas regiões Norte e Centro-Oeste, o que pode agravar ainda mais a situação", diz.