A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) promoveu, nesta segunda-feira, 10, sessão solene em celebração aos 50 anos da Universidade Estadual do Ceará (Uece). O evento, realizado no Plenário 13 de Maio, no bairro Dionísio Torres, Fortaleza, foi marcado pela entrega de homenagens aos ex-reitores da instituição, além de manifestações cobrando a convocação de professores do cadastro reserva.
O autor do requerimento da solenidade, deputado estadual Missias Dias (PT), conta que a instituição representa um patrimônio, comprometido com o conhecimento e a educação de qualidade, para o povo cearense.
“Se nós temos hoje 13 campus espalhados em todo o Estado do Ceará, possibilitando que o conhecimento chegue para todos aqueles e aquelas, principalmente filhos de trabalhadores e trabalhadoras que historicamente lutavam ou sofriam para vir à Fortaleza para cursar um curso, hoje nós temos a possibilidade de estudar na universidade pública lá nas nossas regiões”, afirma.
Atualmente, a Uece possui os campi em Fortaleza (campus Itaperi, Campus de Fátima e 25 de Março) e no Interior, nos municípios de Itapipoca, Crateús, Limoeiro do Norte, Quixadá, Iguatu, Mombaça, Tauá, Quixeramobim, Canindé, Aracati, Pacoti e Guaiúba.
A Universidade ainda conta com um total de 18.088 alunos de graduação atualmente matriculados, dos quais aproximadamente 71,3% são provenientes de escolas públicas. Além disso, há 4.362 estudantes matriculados em diferentes modalidades de pós-graduação.
O reitor Hidelbrando dos Santos Soares destaca a vocação da universidade para a interiorização do ensino superior público de qualidade.
“Essa característica, de certa forma, mostra a grande fortaleza que essa universidade conquistou ao longo dessa trajetória; universidade que marcou a formação de professores no interior do Estado do Ceará. Se hoje o estado desempenha um papel importante na liderança da educação básica; seja pública, seja privada, tem muito a ver com a presença da Uece em todas as regiões”, afirma.
A secretária estadual da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Sandra Monteiro, classifica a celebração dos 50 anos da Uece como um “Jubileu de Ouro”. “A Uece é valiosa porque vislumbrou chegar à educação de qualidade, pública, em consonância com as políticas de educação do ensino superior do Estado; tanto da educação presencial.
A Uece teve ao todo 13 reitores desde sua fundação, em 1975. O professor Cláudio Régis Quixadá foi o quarto reitor, exercendo o cargo de 1984 a 1988, e é, atualmente, o mais longevo entre os ex-reitores. “Quando fui reitor, plantamos uma semente que gerou essa universidade extraordinária que temos hoje”, conta o ex-reitor.
Ele explica que, durante seu mandato, foram realizados 32 concursos públicos e mais de 20% do corpo docente foi qualificado em pós-graduação. “Hoje, felizmente, vejo que a universidade evoluiu muito. Essa é, sem dúvida, minha maior recompensa”.
Durante a solenidade, um grupo formado por representantes do movimento estudantil e professores ainda reivindicou a convocação dos docentes aprovados no cadastro reserva referente ao concurso público realizado em 2022 para atuar na universidade.
“Em 2023, começaram as nomeações dentro do número de vagas ofertadas. Percebemos, no entanto, que a carência era maior. Em 2024, um censo apontou um déficit de 482 professores”, explica Maclecio Sousa, professor da comissão do Cadastro Reserva (CR Uece). Segundo o grupo, 138 professores ainda aguardam convocação.
“A informação que temos é que a decisão está nas mãos do governador. O próximo semestre começa em março, e, se a convocação não acontecer rapidamente, os alunos seguirão sendo prejudicados”, comenta Maclecio.
O POVO solicitou à Uece um posicionamento sobre a convocação de professores aprovados no cadastro reserva. A matéria será atualizada após um retorno.
Com colaboração da repórter Lara Vieira
Docentes e alunos denunciam falta de professores
Durante a solenidade, um grupo formado por representantes do movimento estudantil e professores ainda reivindicou a convocação dos docentes aprovados no cadastro reserva referente ao concurso público realizado em 2022 para atuar na Uece.
"Em 2023, começaram as nomeações dentro do número de vagas ofertadas. Percebemos, no entanto, que a carência era maior. Em 2024, um censo apontou um déficit de 482 professores", explica Maclecio Sousa, professor da comissão do Cadastro Reserva (CR Uece). Segundo o grupo, 138 professores ainda aguardam convocação.
"A informação que temos é que a decisão está nas mãos do governador. O próximo semestre começa em março, e, se a convocação não acontecer rapidamente, os alunos seguirão sendo prejudicados", comenta Maclecio.
O POVO solicitou à Uece um posicionamento sobre a convocação de professores aprovados no cadastro reserva, mas não obteve retorno até o fechamento desta página.