Após a conclusão das obras de drenagem e requalificação viária iniciadas em novembro de 2023, a Avenida Heráclito Graça, no Centro de Fortaleza, foi liberada para o tráfego de veículos ontem.
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As obras contemplaram o trecho entre as ruas Barão de Aracati e Gonçalves Lêdo, e visam minimizar os alagamentos recorrentes na região. O projeto foi executado pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf), da Prefeitura de Fortaleza, e representa um investimento de R$ 27,1 milhões, de acordo com a pasta.
O secretário municipal da Infraestrutura (Seinf), André Daher, destacou que a atual gestão conseguiu concluir a obra dentro do prazo estabelecido na primeira semana de mandato do prefeito Evandro Leitão. “Essa obra sofreu muitos atrasos. Assim que o prefeito Evandro Leitão assumiu, viemos até aqui e assumimos o compromisso de entregar a via até o final de abril. Mesmo enfrentando um volume de chuvas acima da média, focamos na avenida, devolvemos o tráfego”, afirmou.
Dentre as intervenções, está incluída a construção de um reservatório subterrâneo de águas pluviais, planejado para armazenar o volume de água das chuvas e reduzir os impactos das precipitações intensas.
Além disso, foi incluída no projeto a limpeza do Riacho Pajeú, que recebe a água retida no reservatório, que poderá possibilitar o escoamento gradual e controlado durante a quadra chuvosa de forte intensidade.
Segundo a Seinf, a via também recebeu novas bocas de lobo, pavimentação em piso intertravado e calçadas acessíveis e padronizadas. Apesar da liberação do tráfego, os trabalhos de urbanização continuam nas proximidades.
A intervenção estava prevista para ser concluída em 10 meses, porém as obras demoraram e foram deixadas sob a responsabilidade da gestão municipal de Evandro Leitão (PT).
O secretário da Seinf, André Daher, chegou a anunciar que o tráfego na avenida Heráclito Graça seria liberado no final deste mês, após conclusão das obras no local e ficaria pendente "apenas algumas finalizações".
A fala ocorreu no dia 5 de abril deste ano durante evento de entrega da reforma do Pavilhão do Atlântico, no Poço da Draga.
"Quando nós assumimos, pegamos a obra ainda aberta e com muito resíduo no reservatório. Então nós estamos fazendo a limpeza desse reservatório para poder fechar definitivamente e entregar a avenida para a população e principalmente para os comerciantes, que já sofreram muito com a paralisação de seus comércios", frisou Daher.
Em 21 de março deste ano, a Justiça do Ceará havia determinado que a Prefeitura de Fortaleza esclarecesse o andamento da obra. As informações sobre a intervenção na avenida foram requeridas pelo advogado especialista em Direito Administrativo, Maurício Figueiredo.
O instrumento jurídico acatou um Mandado de Segurança Civil, apontando que o atraso da obra na avenida prejudicava a economia local, em razão da interdição do acesso aos comércios.
"Os comerciantes têm direito a serem indenizados pelos danos da obra, tem que reparar o prejuízo", destacou Maurício.
Ainda em agosto do ano passado, o advogado tinha formulado um requerimento de acesso às informações sobre a intervenção na avenida, mas não obteve todos os esclarecimentos solicitados à Prefeitura.
Ele também explicou que o mandado servia para “mostrar para a Prefeitura os erros que foram cometidos e os prejuízos que foram causados a cada um dos comerciantes".
Seinf garantiu entregar a obra no primeiro semestre de 2025
Na época, O POVO questionou a Seinf sobre o assunto, e a pasta respondeu por nota que a nova gestão recebeu a responsabilidade da obra em janeiro de 2025, quando a execução estava em 75%.
"Cientes da importância da obra para moradores, comerciantes da região e para a mobilidade da Cidade, o prefeito Evandro Leitão e o secretário da Infraestrutura, André Daher, visitaram duas vezes o local e determinaram reforço para acelerar o ritmo dos trabalhos, com expectativa de entregar a intervenção no primeiro semestre de 2025", respondeu a Seinf.
A Prefeitura também acrescentou que mantinha “diálogo constante com os comerciantes e moradores da região, adotando medidas como a implantação de rotas alternativas e a garantia de acessos locais, com o objetivo de reduzir os impactos no entorno da obra".