As roupas dos executores do empresário Vinícius Cunha Batista, 47, foram encontradas em um matagal no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. As provas coletadas pelos policiais estão incluídas no inquérito que apura o crime, que vitimou a tiros o sócio-diretor do grupo de comunicação Uirapuru, atuante na região Jaguaribana, no dia 30 de abril passado, na Capital.
Obtido pelo O POVO, o documento ainda revela que foram achados vestígios de DNA nas roupas encontradas. Três policiais militares foram presos na sexta-feira passada, 9, suspeitos de envolvimento na morte do empresário. As prisões foram anunciadas nas redes sociais pelo governador Elmano de Freitas (PT).
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Os suspeitos que estão sendo investigados no crime são os PMs Wellington Xavier de Farias, lotado no 19º Batalhão da Polícia Militar de Fortaleza; Rodrigo Aguiar Braga e Rebeca Júlia de Almeida Canuto, lotados no Batalhão Especializado em Policiamento do Interior (Bepi).
Após as prisões, os suspeitos foram levados à delegacia para prestar depoimento, mas ficaram em silêncio e se negaram a coletar amostras de DNA para que fossem comparados com os materiais apreendidos nas roupas dos executores do empresário cearense, segundo o documento.
Os suspeitos tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pela 5ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza. As investigações seguem para elucidar o caso e identificar demais autores e ou mandantes do homicídio que vitimou o empresário.
De acordo com apuração do O POVO com uma fonte policial, no dia do crime, Vinícius estava sendo monitorado por uma dupla em uma motocicleta, que estaria parada em uma praça nas proximidades da padaria, no bairro Engenheiro Luciano Cavalcante, onde o empresário foi morto.
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Os homens teriam se aproximado fingindo pedir informações e efetuaram o primeiro tiro. Já com a vítima no chão, os criminosos continuaram atirando e depois fugiram. O aparelho celular e a chave do automóvel continuaram no local. O crime aconteceu no dia do aniversário do empresário. Ele deixou a esposa e duas filhas.
A vítima também era proprietário do Grupo Reluz, que tem a empresa Provale Energia, do setor de iluminação pública em municípios cearenses e em outros estados. Há pelo menos cinco anos, adquiriu a rádio Uirapuru. Ele também era diretor regional da Associação Cearense das Emissoras de Rádio e Televisão (Acert).