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Patinete elétrico está disponível para uso; saiba como utilizar
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Patinete elétrico está disponível para uso; saiba como utilizar

O POVO foi em alguns pontos da Capital que já dispõem do novo serviço. Donos de estabelecimentos opinam sobre a nova funcionalidade
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PATINETES elétricos JET estão disponíveis (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal PATINETES elétricos JET estão disponíveis

O novo serviço de patinete elétrico compartilhado, ofertado pela empresa Jet Brasil, já está disponível em alguns bairros de Fortaleza. A prefeitura afirma que a medida busca regularizar o serviço, a fim de evitar os acidentes causados pelos veículos. O POVO foi em alguns pontos da Capital conferir o novo serviço.

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Para utilizar o novo serviço, é necessário baixar o aplicativo JET Brasil [Android e iOS] e criar uma conta. As informações cedidas são: e-mail, número de telefone e nome.

Para realizar pagamento e liberar o veículo, o usuário dispõe de duas opções: depósito via Pix ou adicionar um cartão de crédito. Após o pagamento através do QrCode, o patinete é liberado. A taxa é de R$ 0,59 centavos por minuto.

 

Dentre as funcionalidades, também é possível conferir o histórico de viagens e adicionar um código promocional, que fornece 15 bônus ao usuário e 50% de desconto em duas viagens realizadas por amigos.

Donos de estabelecimentos têm opiniões diferentes sobre novo serviço

A iniciativa gerou opiniões divergentes entre proprietários de alguns estabelecimentos da Capital.

É o caso do alemão Jonny Gast, dono do restaurante ‘Frigideira do Jonny’. Em Fortaleza há 21 anos, ele reclama que seis patinetes foram colocados na frente da placa do estabelecimento sem autorização dele.

“Eles colocaram aqui e foram embora. Se chega alguém com carro procurando o meu restaurante, nem vê a minha propaganda. Eu não posso colocar nada na calçada, [que] logo chega a prefeitura para reclamar ou multar”, reclama.

Como possível solução, Gast moveu os equipamentos para um espaço de estacionamento na rua.

Ele denuncia que em outro momento presenciou dois adolescentes na contramão controlando um patinete elétrico. “Eu disse: ‘ei, meninos, vão para outro lado’”, relata.

Já Felipe Neves, empresário e dono da Concessionária Neves, afirma que o projeto é interessante. “Eles [funcionários] me atenderam muito bem e me explicaram como funcionava”.

O empresário declara gostar da ideia de ter uma opção de mobilidade urbana. Para ele, o início do serviço precisa de atenção à segurança do usuário, dos pedestres e dos veículos.

“Se não tem uma exigência de proteção — como capacetes — tem que saber como as pessoas vão utilizar em uma ciclofaixa. Mas eu gostei, achei uma mobilidade verde e rápida. Às vezes em horário de rush, você faz um deslocamento de dois ou três quarteirões com o patinete e evita pegar o carro”.

À rádio O POVO CBN, o médico e associado da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico, Rafael Lara, defende o uso de proteção adequada para motoristas de patinete elétrico.

“Eu acho que é sim bem-vindo, traz uma certa questão ambiental, mas eu acho que a gente tem que adequar esse trânsito. Os motoristas ou aqueles que usam os patinetes também tem que utilizar equipamentos de segurança”.

O uso de capacete não é o único recomendado. O médico também defende a utilização de proteção em outras partes do corpo.

“A gente tem que tentar conscientizar o uso de alguns desses protetores de membros, para que isso [acidente] seja amenizado em caso de uma queda ou colisão. É importante que cada indivíduo tenha a sua consciência”, complementa.

Expansão do serviço para outros bairros depende de autorização da AMC

Em resposta ao O POVO, a AMC informa que o decreto municipal nº 16.261, de 8 de maio de 2025, regulamenta o uso do Sistema Viário Urbano de Fortaleza para exploração de serviço de compartilhamento de equipamentos elétricos de mobilidade individual autopropelidos (patinetes elétricos).

O uso é permitido em vias e logradouros públicos, intermediados por plataformas digitais gerenciadas por Operadoras de Micromobilidade.

Questionada sobre a suspensão do serviço aos permissionários, a pasta alegou que a Coordenadoria Especial de Apoio à Governança das Regionais (Cegor) informa que estão suspensos os aluguéis de patinetes elétricos na orla de Fortaleza.

“Seja para micromobilidade ou não, incluindo os trechos da Praia de Iracema e Beira-Mar. O espaço segue com uso restrito a atividades do gênero, por critérios de organização e a segurança do local, não estando previsto, no momento, o funcionamento desse tipo de serviço na área”.

A primeira etapa da operação vai contar com 40 estações com cerca de 350 patinetes disponíveis, conforme estabelecido pelo decreto, contemplando os bairros: Praia de Iracema, Meireles, Aldeota, Dionísio Torres e Joaquim Távora.

A área principal é delimitada ao norte pela Av. da abolição; ao sul pela Rua Dom Expedito Lopes, à leste pela R. Frei Mansueto e à oeste pela Barão de Studart.

A AMC informou que a expansão da operação só se dará mediante autorização, condicionada à análise de eventuais ajustes e adequações operacionais identificados na fase anterior.

“Após a atual etapa e os ajustes que devem ser feitos, o serviço deve avançar para outras áreas como: São Geraldo, Presidente Kennedy, Padre Andrade, Monte Castelo, Jacarecanga, Carlito Pamplona, Álvaro Weyne, Cristo Redentor, Barra do Ceará, dentre outros bairros”, finaliza a nota.

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