Os serviços de Monitoramento de Qualidade do Ar de Fortaleza terão sua rede de equipamentos ampliada até o fim do ano. Serão 30 novos pontos de coleta de dados, totalizando 60 equipamentos espalhados pela Capital. Os novos equipamentos serão instalados estrategicamente conforme o zoneamento das regionais, sendo cinco equipamentos em cada uma. O projeto está em vigência na Cidade desde maio de 2023.
A informação foi repassada durante reunião da Fundação de Ciência, Tecnologia e Informação de Fortaleza (Citinova) junto à Vital Strategies, organização que está à frente do programa Parceria para Cidades Saudáveis. Segundo a entidade, a ampliação assevera que os dados sejam coletados com clareza, além de permitir que o acompanhamento tenha maior precisão e abrangência das áreas urbanas de Fortaleza.
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O encontro marca o fortalecimento da parceria e o reconhecimento internacional do Programa de Vigilância da Qualidade do Ar, desenvolvido na capital cearense.
Estavam presentes no pronunciamento Demostenis Cassiano, gerente do programa, Odilon Aguiar, presidente da Citinova e Charity Hung e Grace Pickens as gestoras da Vital Strategies, que vieram à capital cearense com o objetivo é expandir o programa Qualidade do Ar para buscar novas parcerias com projetos na Prefeitura.
Demostenis Cassiano, gerente do programa de vigilância e qualidade do ar, explica que o prazo para a instalação dos novos monitores é até dezembro deste ano.“Nós vamos aumentar a cobertura, então conseguiremos ver mais próximo da realidade como que ocorre na cidade a dispersão dos poluentes emitido pelas atividades que são realizadas no tecido urbano da cidade”.
Atualmente, os monitores estão instalados em bairros como Jardim Iracema, Praia de Iracema, Carlito Pamplona, Mucuripe, Cais do Porto, Aldeota, Itaperi José Walter, Cocó, Pici, Messejana e Alto da Balança.
Como desdobramento da parceria, a Prefeitura de Fortaleza incorpora o Programa de Qualidade do Ar ao Plano Diretor da Cidade, garantindo a continuidade dos compromissos com a agenda climática e justiça ambiental.
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A diretora adjunta da Vital Strategies, Charity Hung destacou que Fortaleza tem sido um exemplo, por todo o trabalho que a Cidade tem feito, estabelecendo políticas públicas na área da saúde e com a colaboração internacional.
“A Cidade já tem um compromisso de longa data com a saúde pública por todo o seu trabalho, além da colaboração internacional, que é muito importante para desenvolver políticas públicas na saúde para ajudar os fortalezenses”, diz.
Em reportagem publicada no O POVO em 11 de junho de 2024 sobre os monitores de poluição da cidade, o bairro com menor concentração de poluição era o bairro Cocó, segundo o dado levantado no sistema de monitoramento do Calçadão do Parque Estadual do Cocó, na avenida Padre Antonio Tomás, com 1,5ug/m³.
Já a maior concentração de poluição foi registrada na Escola Municipal Godofredo de Castro Filho, na avenida José Sabóia, no bairro Cais do Porto, com uma concentração de 13,3 ug/m³. A escola se localiza em meio a zona industrial do Mucuripe.
O projeto de Monitoramento da Qualidade do Ar é fruto de uma parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), que usa monitores que captam informações como os tipos de poluentes e parâmetros de clima como temperatura, umidade e pressão do local.
As placas de monitoramento são abastecidas por painéis fotovoltaicos e, a cada segundo, transmitem os dados para uma base que analisa as informações. Em 2024, Fortaleza ficou entre as cidades com melhor índice de qualidade do ar entre 38 cidades avaliadas no Brasil, apresentando um índice de 3,4 µg/m³ (microgramas/metro cúbico).
O presidente da Citinova, Odilon Aguiar, diz que estão em fase de engrandecimento do projeto e que a Vital veio à cidade para conhecer as estruturas e a capacidade que a fundação tem para desenvolver soluções, além de entender como os equipamentos funcionam pela cidade.
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“Com esse equipamento instalado em toda a extensão territorial de Fortaleza, poderemos trazer dados que servirão para desenvolver políticas públicas nas diversas áreas que a gestão municipal trabalha, como a questão da saúde e a questão ambiental, enfim, as diversas políticas que serão apresentadas à população a partir destes dados”, disse.
Colaborou Caroline Araújo/ Especial para O POVO