Sá esteve de agenda cheia nos últimos dias. Ele confirmou que esteve no Rio de Janeiro no último fim de semana, para acompanhar o andamento da operação policial realizada na comunidade da Rocinha, que tentou prender criminosos do Ceará refugiados no território fluminense. A ação foi executada pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro, mas partiu de investigações conduzidas pelos órgãos investigativos do Ceará, com ordens de prisão e busca e apreensão do judiciário cearense. Os alvos foram líderes da facção Comando Vermelho. Havia pouco menos de 30 mandados de prisão em aberto, mas apenas uma pessoa foi presa.
Segundo ele, aquele resultado no Rio foi o possível. "A gente criou a expectativa de conseguir (mais prisões), porém, já sabia que seria muito difícil conseguir alcançá-los todos. É uma região topográfica difícil, ela tá margeada por milhares de quilômetros de Mata Atlântica. Então, operar naquela região é sempre muito complicado. Mas fomos com a expectativa sim de conseguir alcançar o maior número de criminosos possíveis", afirmou.
O secretário admitiu que o número de mil mortes que teriam sido ordenadas pelos criminosos cearenses instalados no Rio, em dois anos, "é um número muito próximo da realidade". O dado foi apontado pelo Ministério Público fluminense, mas Roberto Sá confirma que "é semelhante" à análise feita pelos setores de inteligência e pela Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) do Ceará.
Numa filmagem divulgada após a operação, feita por drone, é vista a fuga em bando de vários criminosos, portando mochilas, armamentos e roupas camufladas. O MP do Rio chegou a apontar que teriam sido mais de 400 homens atravessando a mata. Foram executados mandados de busca e apreensão.