O Ceará já registra 636 casos da febre oropouche em 2025, de acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), com dados levantados até o dia 14 deste mês de junho. Não há óbitos registrados.
A arbovirose é transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, e já apresenta neste ano mais do que o dobro de casos que foram identificados ao longo de 2024, de 255. A tendência já vinha sendo observada desde abril último por analistas da Secretaria da Saúde do Ceará.
O município de Baturité é o lugar com o maior índice da doença, concentrando 438 infecções. As estatísticas são seguidas por: Aratuba (121), Mulungu (29), Guaramiranga (20), Capistrano (14), Pacoti (11), Redenção (2) e Aracoiaba (1).
Entre os infectados, três são gestantes, o que representa 0.47% do total de casos. Pacientes que apresentam a febre são residentes do município de Baturité. Não há registro de morte fetal
Segundo o médico Antônio Silva Lima Neto (Tanta), secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, a febre oropouche é uma doença recente no cenário epidemiológico do Ceará, que teve os primeiros casos da doença confirmados em 2024.
De acordo com o médico da Sesa, quem contrai o vírus pode sentir sintomas semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue e chikungunya, sendo eles: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, náuseas e diarreia.
Para evitar infecção, boletins da Secretaria da Saúde do Ceará recomendam cuidados como usar repelente e roupas de manga comprida, evitar exposição ao ar livre no início da manhã e no fim da tarde, (horários de maior atividade do mosquito), manter quintais limpos e livres de folhas acumuladas e eliminar água parada e possíveis criadouros.
No ano passado, segundo dados da Fiocruz, o Brasil enfrentou um surto de febre oropouche. Pelo menos 21 estados etavam no mapa da doença.