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Mulher esfaqueada pelo ex-companheiro morre após coma
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Mulher esfaqueada pelo ex-companheiro morre após coma

|Juazeiro do Norte| vítima estava internada desde a última terça-feira. Acusado tinha histórico de violência contra mulher
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RAFAELA Lima de Almeida foi atingida, covardemente, na cervical e mãos  (Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO)
Foto: Reprodução/Leitor Via WhatsApp O POVO RAFAELA Lima de Almeida foi atingida, covardemente, na cervical e mãos

Rafaela Lima de Almeida, 29, esfaqueada pelo ex-companheiro durante a última terça-feira, 17, faleceu no  sábado, 21, depois de complicações no quadro de saúde. A vítima estava em coma na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional do Cariri (HRC), em Juazeiro do Norte, desde a noite do crime.

A morte de Rafaela foi confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Juazeiro do Norte por meio de nota divulgada nas redes sociais. No texto, o órgão manifestou apoio aos entes enlutados e reafirmou a cobrança pela elucidação do caso.

"A OAB acompanha de perto as investigações e cobra das autoridades competentes que as medidas necessárias sejam tomadas para que a justiça seja feita", diz a nota.

O ex-companheiro de Rafaela Lima de Almeida e autuado em flagrante pelo crime, Leandro Augusto de Oliveira, 34, segue preso por determinação da Justiça em audiência de custódia realizada na última quarta-feira, 18.

Ele foi capturado horas depois do feminicídio, escondido em um matagal na região. Devido ao suspeito já ter histórico de violência doméstica, o juiz responsável pelo caso determinou a prisão preventiva por ele ainda representar perigo para a família de Rafaela Lima de Almeida.

Na esperança de que Rafaela Lima sobrevivesse, familiares da vítima realizaram corrente de oração na porta do hospital, enquanto a comerciária lutava pela vida.

Com ferimentos na cervical torácica e nas mãos, Rafaela Lima passou por cirurgia e ficou cinco dias internada no HRC, parte deles em coma. Durante o período, familiares e amigos da jovem realizaram vigília diárias na porta do hospital, em Juazeiro do Norte, na região do Cariri cearense.

Após o falecimento, pessoas próximas à vítima têm lamentado sua morte nas redes sociais. A agência de marketing onde Rafaela Lima atuava como promotora se manifestou oferencendo solidariedade depois da trágica partida da companheira de trabalho.

"A querida Rafaela agora descansa nos braços do pai. Nossas sinceras condolências aos seus familiares e amigos por essa perda inestimável", disse, em nota divulgada
no Instagram.

No ano passado, de acordo com a Agência Câmara de Notícias, entrou em vigor a Lei 14.994/24, que aumentou a pena de feminicídio. Além de torná-lo um crime autônomo no Código Penal. Até então, ele era considerado uma circunstância agravante (qualificadora) do homicídio doloso.

O feminicídio passou a figurar em um artigo específico no código, como o infanticídio ou o homicídio, com pena de 20 a 40 anos de reclusão (antes era de 12 a 30 anos de reclusão).

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