O viaduto Celina Queiroz, que liga as avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, em Fortaleza, passará por duas alterações de tráfego a partir de hoje, 25. A primeira delas é a redução das faixas para circulação de veículos no decorrer do logradouro, que sairão de duas para apenas uma.
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As mudanças se estendem até a saída da passagem elevada, já na ligação com a Engenheiro Santana Júnior, onde os carros que hoje podem acessar as faixas central e da esquerda, poderão usar apenas a via canhota.
De acordo com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), as alterações buscam acelerar o trânsito na lateral do viaduto, que corresponde ao final da avenida Washington Soares, sentido de quem vai do Shopping Iguatemi para o bairro Cocó.
O trecho é palco de constantes engarrafamentos devido ao alto fluxo de carros, que ao final do viaduto, ficam restritos apenas à faixa da direita, enquanto as outras duas são ocupadas por quem vem da Antônio Sales.
A partir de hoje, os veículos que vierem na Washington Soares poderão acessar tanto a faixa do meio quanto a da direita ao final do Celina Queiroz, em uma tentativa de diminuir as filas na via.
Em entrevista ao O POVO, o diretor de trânsito da AMC, Leandro Rocha, informou que estudos realizados nos últimos 30 dias apontaram um baixo volume de tráfego vindo da avenida Antônio Sales e que realiza a conversão sobre o viaduto em direção ao bairro Cocó. “Em contrapartida, o fluxo de veículos que segue pela avenida Padre Antônio Tomás, no sentido da avenida Santana Júnior, é significativamente maior”, afirma.
“Registramos constantes congestionamentos neste trecho da Av. Engenheiro Santana Júnior. É um ponto crítico que deve ser resolvido com essa readequação” disse o diretor.
Segundo Leandro, o projeto resultante desses levantamentos está finalizado há cerca de 15 dias. A expectativa da AMC é de que o trânsito siga fluindo normalmente para os motoristas que vêm do viaduto, uma vez que o tempo semafórico será suficiente para o escoamento desse volume.
Uma última alteração deverá ocorrer também no semáforo situado no cruzamento da avenida Engenheiro Santana Júnior com a rua General Tertuliano Potiguara, que será ajustado de acordo com a demanda de veículos.
Questionado sobre o tempo de abertura dos semáforos, ele explica que os ajustes serão feitos de forma remota, a partir da central de monitoramento da AMC, que acompanha a movimentação por meio de câmeras. “A AMC pode alterar os tempos do semáforo aqui pela nossa central. Os ajustes serão feitos ao longo do dia, dependendo do fluxo de veículos em cada horário”, ressalta.
Ainda conforme o diretor, a mudança, prevista para esta quarta-feira, 24, está em fase de implantação. O objetivo é coletar novos dados e avaliar o comportamento dos condutores. Ele também destacou que, neste primeiro momento, não haverá aplicação de sanções. “A fiscalização com penalidades não vai ser implementada de início”, afirmou.
A Autarquia estima que a medida impacte 28 mil motoristas que trafegam pelo sentido sul da avenida Engenheiro Santana Júnior diariamente.
Durante o dia da mudança, engenheiros, técnicos e agentes da AMC estarão no local para monitorar o tráfego e orientar os condutores, além de reforçar a coleta de dados sobre o impacto da nova configuração viária.
A readequação no número de faixas do viaduto e a Engenheiro Santana Júnior tem sido bem recebida por quem dirige no local. O POVO esteve no local durante a manhã desta terça-feira, 24, e conversou com motoristas que aprovam a mudança, mas dizem ter sido pegos de surpresa.
Quem trafega diariamente no trecho se diz otimista com a alteração. O motorista por aplicativo Marcos Filho, por exemplo, costuma pegar algumas corridas naquela região e espera que o novo sistema de tráfego reduza o congestionamento durante os horários de pico.
“Ali fica muito engarrafado em horário de colégio e no final da tarde, né? Umas 17 horas. A tendência é melhorar, já que é uma opção a mais”, projeta o condutor.
Os condutores, entretanto, ressaltam que a mudança deveria ter sido mais divulgada ou melhor sinalizada. Até a manhã desta terça, véspera da implementação, apenas a linha que divide as faixas do viaduto foi pintada, sem nenhuma sinalização ao final da passagem elevada.
“Não estava sabendo não. Veio um pessoal da AMC aqui umas quatro semanas atrás e disse que ia ter uma mudança, mas não sabia que já começava amanhã”, conta um comerciante local, que optou por não se identificar, e trafega na via lateral todos os dias para chegar até o trabalho.
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Durante o dia da mudança, engenheiros, técnicos e agentes da AMC estarão no local para monitorar o tráfego e orientar os condutores, além de reforçar a coleta de dados sobre o impacto da nova configuração viária.