A Justiça do Ceará marcou, para agosto e setembro, o julgamento dos dez últimos PMs suspeitos de envolvimento na Chacina do Curió. O crime, que deixou 11 mortos em novembro de 2015, aconteceu na Grande Messejana, em Fortaleza.
Ao todo, sete novos réus serão levados a júri popular no dia 25 de agosto, e outros três no dia 22 de setembro deste ano.
Dos 30 réus pronunciados, 20 já foram julgados em outras três sessões do júri. Do total de julgados, 14 foram absolvidos e seis foram condenados à prisão. Ainda neste ano, sete réus tiveram julgamento marcado para março, mas o júri foi adiado, sendo marcado para agosto.
LEIA MAIS | Júris da Chacina do Curió terminam com 6 PMs condenados e 14 absolvidos
Conforme o Poder Judiciário, inicialmente, 45 policiais militares foram denunciados, sendo aceita a denúncia contra 44 deles. Ao longo do processo, a 1º Vara do Júri de Fortaleza, impronunciou dez acusados. Nos autos, foi identificado que não existia indícios suficientes de autoria para submetê-los a julgamento pelo Tribunal do Júri.
Com a impronúncia, o processo passou a contar com 34 réus divididos em três processos. Com o desmembramento, duas ações ficaram com oito acusados cada e uma outra com 18. Dos 34, três deles foram desclassificados para responderem a processo na Vara de Auditoria Militar.
Durante a tramitação do processo, o acusado Daniel Campos Menezes faleceu e foi extinta a punibilidade dele. Diante disso, permaneceram 30 réus nos três processos. Os julgamentos do crime tiveram início em junho de 2023. Ao todo, o processo conta com mais de 13 mil páginas.
A defesa de um dos réus que ainda será julgado no processo chegou a pedir a suspensão temporária da ação penal. Foi alegada a condição de insanidade mental do denunciado Eliézio Ferreira Maia Júnior.
LEIA MAIS | Chacina do Curió: Estado prevê indenização para famílias
Em decisão nessa quarta-feira, 2, a qual O POVO teve acesso, o juiz da 1ª Vara do Júri decidiu indeferir a “suspensão da ação penal pretendida pelo acusado Eliézio Ferreira Maia Júnior”.
Além dele, a defesa do PM Luciano Breno Freitas Martiniano solicitou o acesso a relatórios de inteligência e pediu a suspensão do julgamento até que sejam esclarecidos novos fatos.
O POVO revelou possível participação de policiais na chacina, mas esses agentes não foram denunciados na época.
Quarto julgamento - sete réus (25 de agosto)
Luís Fernando de Freitas Barroso;
Renne Diego Marques;
Farlley Diogo de Oliveira;
Gildácio Alves da Silva, Daniel Fernandes da Silva
Francisco Fabrício Albuquerque de Sousa;
Francisco Flávio de Sousa.
Quinto julgamento - três réus (22 de setembro)
Eliézio Ferreira Maia Júnior
Luciano Breno Freitas Martiniano
Marcílio Costa de Andrade