Segundo a AMC, entre 2020 e 2024, foram registrados 2.350 acidentes de trânsito no Centro, com um aumento de 22,2% em quatro anos. As vias com mais ocorrências em 2020 foram as avenidas Duque de Caxias e Dom Manuel. Em 2024, Duque de Caxias e rua Meton de Alencar lideraram. Veja número de acidentes por ano no período: 2020 - 459; 2021 - 428; 2022 - 447; 2023 - 455; 2024 - 561.
Na avenida Tristão Gonçalves, no cruzamento com a rua Liberato Barroso, a movimentação no cruzamento é intensa: pedestres saem da estação do metrô ou do Terminal José de Alencar em direção aos comércios ou seguem em direção à feira da Praça da Lagoinha.
No local está instalada desde 2021 a maior faixa de pedestres do Brasil, com 40 metros. A intervenção é acompanhada de placas que orientam a redução da velocidade para 30 km/h e alertam sobre o monitoramento por câmeras. Apesar das sinalizações, flagrantes de irregularidades ainda são frequentes. Somente em cerca de uma hora na manhã de terça-feira, 1°, foi possível verificar pelo menos dois motociclistas avançando o sinal vermelho, um deles quase se chocando com um carro.
A vendedora ambulante Margarida Pereira trabalha há 40 anos no Centro e, há pelo menos 13, passa todos os dias no cruzamento da Tristão Gonçalves. Ela relata a insegurança da passagem."Às vezes, eles veem o sinal fechado e querem avançar. Quando a gente vê, que os carros 'já estão em cima', e a gente tem que correr. Motoqueiro, então, não respeita de jeito nenhum. A gente que é idoso não consegue ficar correndo pra atravessar", diz.
No local, também é possível ver que as pinturas da faixa de pedestres e da Esquina Segura — alargamento da calçada para reduzir o estacionamento e facilitar a travessia de pedestres — estão desgastadas. Alguns dos cilindros protetores também estão completamente destruídos. De acordo com a AMC, o órgão irá avaliar a necessidade de instalar um equipamento de fiscalização eletrônica para garantir maior segurança na região.