O Ceará registrou em junho passado o maior número de feminicídios em um único mês desde que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) passou a contabilizar essa estatística, em 2018. Foram nove casos de mulheres mortas em contexto de violência doméstica, de acordo com a pasta.
Isso fez com que, contrariando os índices gerais de homicídios, o Estado registrasse um aumento no número de feminicídios no primeiro semestre. De janeiro a junho deste ano, 22 mulheres foram mortas em casos classificados pela SSPDS como feminicídio, enquanto, no mesmo período do ano passado, haviam sido 19.
Os casos de feminicídios registrados no Ceará em junho ocorreram nos seguintes municípios: Sobral (dois casos), Trairi, Beberibe, Juazeiro do Norte (dois casos), Várzea Alegre, Meruoca e Canindé. O POVO, porém, identificou que o assassinato de Maria Danieli Pereira Basilino, de 38 anos, não consta como feminicídio na lista de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) da SSPDS. Ela foi morta a facadas pelo próprio companheiro, Leonardo Barbosa Terra, de 38 anos, dentro de um imóvel em Barbalha no dia 20 de junho.
Este mês de julho também começou com registros de feminicídios no Ceará. Entre quarta-feira, 9, e domingo, 13, três mulheres foram mortas pelos companheiros no Estado.