De acordo com Jamina Teles, supervisora do Programa Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, os guineenses formam hoje o segundo maior grupo atendido pelo Programa, atrás apenas dos venezuelanos.
"Em 2024, 699 pessoas no geral foram beneficiadas pela política estadual, em termos de atendimento, o número ultrapassa 2 mil. Aqui em Fortaleza, temos uma população significativa de guineenses. E não se trata apenas de estudantes, temos muitos que vêm para trabalhar e construir uma vida aqui", afirma Jamina.
De acordo com o Governo do Estado, o Ceará abriga a maior comunidade estudantil da Guiné-Bissau no Brasil, concentrada principalmente na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, a 67 km de Fortaleza.
Conforme o técnico consular Besna Insique, diversos estudantes guineenses no município enfrentam condições econômicas difíceis. "A maioria já está com o pensamento de abandonar a formação." Segundo ele, a embaixada pretende informar oficialmente o embaixador M'bala Alfredo Fernandes sobre a situação e tentar articulação com o governo local. "É uma comunidade [guineenses] que trabalha muito, se esforça muito, faz de tudo para contribuir. Se houver mais apoio, a gente agradece."