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Parte dos artefatos foi perdido em incêndio, diz pesquisador
CIDADES

Parte dos artefatos foi perdido em incêndio, diz pesquisador

Acervo. Museu Nacional
Edição Impressa
Tipo Notícia

O pesquisador Vinícius Franco conta que, durante seu mestrado, já estudava materiais arqueológicos da Serra do Evaristo que haviam sido previamente escavados. No entanto, em 2018, parte desse acervo foi destruída no incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, comprometendo sua pesquisa.

Mesmo diante da perda, no doutorado ele optou por retornar ao Ceará para conduzir suas próprias escavações na região. A nova etapa da pesquisa foi iniciada em março de 2025 e deve seguir até setembro.

Os estudos vêm sendo conduzidos com o envolvimento direto da comunidade. Seis jovens locais integram oficialmente o projeto, recebendo bolsas, e outros moradores e pesquisadores participam de forma voluntária. No total, entre 15 e 20 pessoas atuam nas escavações.

Vinícius Franco espera que as escavações possam gerar resultados positivos para a comunidade da Serra do Evaristo. "Essa é uma história muito rica. Ela precisa chegar até a população, pois contribui historicamente, socialmente e até economicamente. Pode gerar turismo e promover desenvolvimento local", destaca.

A pesquisa conta com o financiamento do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da National Geographic.

As urnas e demais peças serão mantidas temporariamente no Instituto Tembetá, em Fortaleza, onde estão sendo restauradas e estudadas. Após o fim dos procedimentos, a previsão é que o acervo retorne à comunidade, que dispõe do Museu Comunitário Serra do Evaristo.

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