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Garota de 14 anos grava próprio estupro pelo pai para provar crime no Interior do Ceará
CIDADES

Garota de 14 anos grava próprio estupro pelo pai para provar crime no Interior do Ceará

A menina era proibida de sair de casa desacompanhada, de falar com amigos e vizinhos. Somente era permitido, pelo pai, que ela frequentasse a escola. Ela gravou vídeos dos abusos para provar ação
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Homem foi encaminhado à delegacia de Iguatu  (Foto: reprodução/ Google Street View )
Foto: reprodução/ Google Street View Homem foi encaminhado à delegacia de Iguatu

Uma menina de 14 anos foi mantida em cárcere e vítima de violência sexual pelo próprio pai durante dois anos e produziu provas para denunciar a ação criminosa. O caso foi registrado no município de Quixelô, a 342 quilômetros de Fortaleza. A menina gravou os abusos em vídeos e forneceu o material à Polícia como prova de que era vítima do próprio genitor e o homem foi preso na última quinta-feira, 31. 

O POVO teve acesso ao documento da audiência de custódia, onde é descrito que a vítima relatou à Polícia que também foi vítima de violência sexual praticada pelo próprio irmão. O pai teria tomado conhecimento dos abusos praticados pelo irmão da menina e cortou o sinal da Internet como punição. Os abusos do irmão teriam cessado após a intervenção do pai. Além disso, o homem teria proferido ameaças e xingamentos contra a vítima e a mãe dela. 

Mãe afirma que percebeu isolamento da filha 

A mãe, em depoimento, relatou não saber que a filha era alvo de crime sexual e que percebeu o isolamento da garota nos últimos meses. A mulher afirmou ser constantemente humilhada e ameaçada pelo marido. 

Conforme os autos, o filho do casal negou que praticasse violência sexual contra a irmã e afirmou que o pai solicitava que ele saísse de casa para ficar a sós com a garota, no entanto, não teria conhecimento dos abusos. 

A Polícia Militar do Ceará (PMCE), por meio da 1ª Companhia do 10º Batalhão de Polícia Militar (1ª Cia/10º BPM), foi responsável pela condução, do pai e o irmão da vítima. Eles prestaram depoimento na Delegacia de Iguatu. 

O irmão foi liberado e o pai da menina foi preso e teve a prisão mantida durante audiência de custódia. As imagens do crime sexual foram anexadas como provas.

O nome do genitor não é divulgado para não expor a vítima, em razão do parentesco. A definição ocorre em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

 

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