Centenas de jovens vivenciaram uma troca de aprendizados e experiências ao longo do dia de ontem, 6, durante o 2º Festival Agosto da Juventude. Realizado no Teatro RioMar, em Fortaleza, momento contou com caravanas vindas do Interior e ofereceu oficinas, ações culturais e serviços aos participantes.
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Segunda edição do evento é parte integrante do Projeto Juventudes em Ação, que é uma parceria do O POVO com a Secretaria da Juventude do Ceará (Sejuv). Estimativa da organização é que cerca de mil pessoas tenham passado pelo local nessa sexta, vindas de todas as regiões do Estado.
Entre as ações realizadas durante o festival, esteve um bate-papo sobre como as juventudes se expressam, se engajam e mobilizam narrativas nas plataformas digitais. Estiveram no centro do debate o criador Raony Phillips, famoso pela personagem Marisa Maiô, e a comunicadora indígena Yó Kanindé.
Momento também contou com painéis temáticos, oficinas voltadas à economia criativa, aulas de passinho do reggae, batalha de rima, atividades interativas e serviços de empregabilidade por meio do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT/Sine). Evento foi encerrado com o show da banda Rainhas da Farra.
"O jovem, a jovem que passou por aqui hoje pôde, além de acessar e participar das palestras, das oficinas e estar nesse espaço que é o teatro, ela também pôde perceber tudo que o governo do estado oferece para que eles possam realizar seus sonhos", destacou a secretária da Juventude, Adelita Monteiro.
De acordo com Raymundo Neto, coordenador do Projeto Juventudes e Ações e gerente editorial e gestor de projetos da Fundação Demócrito Rocha (FDR), evento busca "trabalhar o protagonismo juvenil".
"Objetivo também (é) de reunir esses jovens, aproximá-los, conectá-los para debates, para trocas de ideias. Democratizar acesso também a informações que são úteis a eles", frisa.
Marcele Alves, 14, esteve entre os participantes que vivenciaram o momento. Cursando o nono ano de uma escola pública de Fortaleza, ela se encontra no Jazz e nas danças regionais, mas acompanha com entusiasmo todas as vertentes artísticas. Durante a batalha de rima, por exemplo, acompanhou de perto os artistas que duelavam sobre o palco, respondendo à criatividade do improviso com muito barulho.
"Eu não sei se vou ser algo na arte, mas a arte vai tá na minha vida independente de qualquer coisa (...) (O evento) é um estímulo não só pela dança como pela arte em si", destacou a jovem.
Já para Arthur Marques, 18, o momento foi um norte sobre o futuro profissional. Sonhando em trabalhar com internet, ele conta que sentiu a mensagem de "que pode chegar em lugares que nunca imaginaria".
No evento estiveram presentes jovens de outras regiões do Estado, como Yasmim Araújo, 16, que veio em uma caravana de Horizonte. "É muito gratificante (saber) que (estamos) sendo vistos agora, (que) as portas estão se abrindo, (que) várias pessoas estão tendo oportunidades, e isso é muito legal", diz.
Ela foi acompanhada pela mãe, Aurilene Lucas, 49, que aprovou a ideia do festival. "É tudo o que a juventude gosta, música, falar sobre assuntos que correspondem a idade deles, projetos futuros", destaca a dona de casa.
Já Amanda Kelly, 18, veio em uma caravana de Sobral e disse que momento também foi uma oportunidade de conhecer melhor Fortaleza. "Na verdade, eu estou impressionada que tem muitos jovens, porque normalmente os jovens não são muito interessados nesse tipo de coisa (...) É uma oportunidade para os jovens se reunirem, se conhecerem", disse ainda.