Ao O POVO, o protetor animal e titular da Secretaria Municipal de Proteção Animal (SPMA), Apollo Vicz, secretário de Proteção Animal, explica que o plano de ação atual é a castração e vacinação dos animais em situação de rua.
"Todas as políticas públicas que nós temos voltadas à causa animal, até hoje elas são destinadas unicamente para animais tutorados. Nós nunca tivemos um cuidado especial para aqueles que vivem nas ruas. O desafio maior é acabar com a ignorância das pessoas".
Segundo Apollo, a SPMA deu início a um Estudo Técnico Preliminar (ETP), para o novo contrato com o programa pet móvel. "Esse contrato não abraça os animais em situação de rua".
Apollo afirma que, no novo contrato, uma cirurgia de castração menos invasiva e um pós-operatório mais prolongado serão ofertados. "[Assim] a gente não fica dependendo só dos protetores independentes, até porque eles já estão superlotados".
"A gente tá levando palestras educacionais com legislação e direito animal, posse responsável, epidemiologia, com foco em doenças zoonóticas, para que as pessoas entendam que um animal é algo muito sério", explica.
Outro ponto que o protetor animal destaca é o período curto de campanha da vacinação antirrábica, que acontece sempre no final do ano, entre os meses de outubro e novembro. "A gente tem que fazer a vacinação o ano inteiro (...) no último evento do Parada Pet, mais de 20 animais que sofreram maus-tratos foram adotados".
Um censo para quantificar a situação dos animais abandonados na Capital deve ser feito, segundo Apollo, mas não há prazo para início do levantamento.
A relação deverá conter a quantidade de abrigos em Fortaleza e animais residentes nos mesmos, quantitativo dos animais em situação de rua, quantos deles são castrados e não, esquema vacinal, etc.