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Estudantes da rede pública estadual são premiados no IX Festival Alunos que Inspiram
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Estudantes da rede pública estadual são premiados no IX Festival Alunos que Inspiram

Mais de 15 mil obras artísticas de alunos da rede pública estadual de ensino foram inscritas no evento, realizado ontem, 20, no Teatro Riomar Fortaleza
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FORTALEZA-CE, BRASIL,20.08.2025: Festival Alunos que Inspiram. (Fotos: Fabio Lima) (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA-CE, BRASIL,20.08.2025: Festival Alunos que Inspiram. (Fotos: Fabio Lima)

Aos risos e aplausos, comandados pelo artista cearense Moisés Loureiro, estudantes, familiares e profissionais da rede pública estadual de ensino do Ceará prestigiaram, na manhã de ontem, 20, a premiação e as apresentações do IX Festival Alunos que Inspiram, realizado no Teatro Riomar Fortaleza.

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A iniciativa, da Secretaria Estadual de Educação do Ceará (Seduc) em parceria com a Fundação Demócrito Rocha (FDR), tem como objetivo identificar, valorizar e promover a divulgação da produção artística e cultural de estudantes matriculados na rede pública estadual de ensino cearense.

FORTALEZA-CE, BRASIL,20.08.2025: Moisés Loureiro, apresentador. Festival Alunos que Inspiram. (Fotos: Fabio Lima)(Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA FORTALEZA-CE, BRASIL,20.08.2025: Moisés Loureiro, apresentador. Festival Alunos que Inspiram. (Fotos: Fabio Lima)

Este ano, a temática “Reciclar ideias e reinventar o mundo com arte” convida os alunos a refletirem sobre uma criação artística em prol de um mundo mais sustentável e positivo.

Para o momento, que teve como cerimonialista o ator e humorista Moisés Loureiro, estiveram 1,8 mil estudantes. Um total de 15.612 expressões artísticas foram inscritas, entre elas desenhos à mão livre, pintura, fotografia, graffiti, poema, cordel, quadrinhos, crônicas, dança, música intérprete e banda cover.

Conforme Eliana Estrela, titular da Seduc, os alunos foram estimulados a produzir obras ao longo do semestre letivo, durante os intervalos de aula. Ela frisa que os jovens têm interagido mais após incentivos como esses, principalmente com a proibição do uso de celular, e classifica o movimento como positivo. 

"Especialmente agora, sem o uso do celular, eles estão se movimentando muito em relação a dança, a música, a poesia, cordel, pintura, e (esse) é o momento de apresentar para os demais (...) É um evento que a gente costuma dizer que é muito envolvente, apaixonante, porque além da interação deles a gente presencia esse talento, essa criatividade, esse envolvimento da nossa juventude", destaca.

Raymundo Netto, gerente editorial e gestor de projetos da FDR, destaca a participação da fundação no evento desde a sua primeira edição. "Para a gente é muito importante porque o objetivo maior do festival é justamente integrar a comunidade acadêmica, estudantil, escolar no caso, por meio da arte, por meio da cultura (...) A gente diz que é o maior festival musicultural estudantil do País. Eu acredito que sim", diz. 

"Esses alunos estão surpreendendo sempre a gente com material de qualidade, um trabalho bem apresentado, então eu acho que está funcionando bem legal (...) E como a gente está vendo essa grande participação, eu acho realmente que funciona (...) É uma grande emoção eles estarem se apresentando no palco profissional", diz ainda Netto, frisando que muitos alunos estão em condições de vulnerabilidade.  

Evento mobiliza alunos e professores 

De acordo com a organização do evento, mais de 20 mil alunos e 650 escolas foram envolvidos em torno dessas ações. Breno Sousa, 16, é um dos estudantes que teve o trabalho reconhecido. 

Ele foi um dos finalistas da categoria Criação Literária com o quadrinho intitulado “Eco Guardiões na Luta por um Planeta Sustentável”, inspirado em desenhos infantis e de super-heróis. 

"Achei muito bom, me diverti muito (...) Eu me senti muito inspirado em fazer os personagens, baseado em coisas que realmente aconteceram na vida real", diz o aluno da 2ª série da Escola de Ensino Médio (E.E.M) Monsenhor Catão Porfírio Sampaio, de Itapajé, que sonha em fazer um curso de desenho cartoon

Erchiley dos Santos, 18, é integrante de um dos grupos finalistas na categoria Dança. Ela diz que por meio do festival conseguiu mostrar sua paixão pela arte, mas dá enfoque mesmo ao trabalho coletivo, guiado pelo professor Weslley Breno, que a permitiu colaborar em algumas fases da criação.

"Foi um processo bastante divertido, porque o Wesley foi super presente, foi um professor que tava sempre dando um jeito para que nunca ficasse ruim pro nosso lado", destaca a estudante da 3ª série do EEM José Alves de Figueiredo, do Crato. 

O profissional também cita o trabalho em grupo: "As meninas se empenharam bastante, foi uma construção muito coletiva mesmo, eu trazia ideias, ela (Erchiley) trazia ideias (...) O acesso à arte, ver os alunos envolvidos com a arte, construindo a arte, eu acho que é tão importante quanto a arte em si". (Colaborou Gabriela Almeida)

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