O último dia da quarta sessão de julgamento dos acusados na Chacina do Curió foi marcado por uma vigília dos apoiadores das vítimas. Por volta das 11 horas, um ato reuniu cerca de 40 pessoas na entrada do Fórum Clóvis Beviláqua, entre elas seis mães das vítimas.
Elas construíram um cartaz com tecidos e entoaram canções em homenagem aos seus 11 mortos. Também havia cartazes com os nomes dos jovens, enfeitados com rosas brancas. O crime aconteceu entre a noite e madrugada de 11 para 12 de novembro de 2015.
Emocionadas, as mães discursaram evidenciando a dor dos parentes que viveram o luto. Nos depoimentos, reiteraram que o processo não é movido por sentimento de vingança, mas como um pedido de justiça.
"As mães nunca buscaram por vingança, mas a justiça é indispensável", comentou dona Sílvia Pereira, mãe de um dos jovens sobreviventes.
Autoridades do Estado também se fizeram presentes no ato, como representantes da Defensoria Pública do Ceará e o deputado estadual Renato Roseno (Psol).
Pouco antes do ato, o júri que votou na sentença se reuniu em isolamento para votação. (Colaboraram Mariana Fernandes, Bianca Raynara, Gabriela Almeida e Mirla Nobre)