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Entrega de obra na ponte sobre o rio Jaguaribe, em Aracati, é prorrogada para setembro
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Entrega de obra na ponte sobre o rio Jaguaribe, em Aracati, é prorrogada para setembro

Ponte nova foi entregue, ao passo que a travessia antiga segue em restauração. As fundações das estruturas precisaram de reparo. Prazo inicial para término da obra era em agosto
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A ponte sobre o rio Jaguaribe no km 47 da BR-304, em Aracati, segue com a travessia antiga (sentido Mossoró) em obras (Foto: Reprodução/ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit))
Foto: Reprodução/ Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) A ponte sobre o rio Jaguaribe no km 47 da BR-304, em Aracati, segue com a travessia antiga (sentido Mossoró) em obras

A conclusão da obra na ponte sobre o rio Jaguaribe no km 47 da BR-304, em Aracati, deve ser no fim de setembro. A nova previsão deu-se pela necessidade de prorrogação do prazo contratual. Agosto era a previsão anterior de término do serviço.

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Aracati, munícipio que corta o trecho d'água, a 147,13 km de distância de Fortaleza, no litoral leste do Estado, abriga a estrutura que foi dividida entre a nova e a antiga construção. Trata-se da Ernesto Gurgel Valente e Juscelino Kubitschek.

Apesar do adiamento, os reparos da travessia mais recente foram concluídos. O equipamento mais velho segue ainda em intervenção. Os caminhos ligam para a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela restauração, não há mais restrição de carga imposta à ponte nova. Mesmo assim, mantém-se a limitação de largura de cinco metros para o tráfego, devido à necessidade de execução de outros serviços no local.

No sentido contrário, continuam ativas todas as proibições impostas à estrutura. Isso significa que veículos com 40 toneladas de peso bruto total ou mais são impedidos de transitar. O fluxo ocorre somente em uma faixa de cinco metros, com velocidade máxima de 40 quilômetros por hora (km/h).

Previsão de conclusão foi de quatro meses, com investimento de mais de R$ 9 milhões

As obras foram anunciadas com investimento do Governo Federal de pouco mais de R$ 9 milhões e tiveram prazo inicial de quatro meses, contados a partir de abril.

Foi divulgado que a autarquia executaria os serviços de demolição do concreto degradado das estruturas, substituição das armaduras com corrosão, limpeza com jateamento abrasivo e projeção de argamassa polimérica para recomposição das seções estruturais.

O objetivo da intervenção é reforçar a estrutura, que integra um corredor logístico importante, principalmente para o setor de energia eólica, e com alta trafegabilidade de veículos de carga.

O caso sucedeu após um laudo apontar a necessidade de uma "reforma emergencial".

O deputado estadual Guilherme Bismarck (PSB), que enviou ofício ao Dnit, solicitando medidas de inspeção e recuperação, informa que segue acompanhando as atualizações do caso. 

"As obras têm acontecido normalmente. O fluxo de trânsito tem passado normalmente", indica. Dessa forma, nega impacto negativo no turismo e diz não haver engarrafamentos.

 

Professor pondera que inspeções em pontes devem ser frequentes como as de condomínios

Conforme José Sérgio dos Santos, professor titular do Instituto Federal do Ceará (IFCE) do curso de engenharia civil, a prática de inspeções em pontes deveria ser comum, assim como ocorre em vistorias prediais. "Muitas vezes é deixado de lado", analisa.

Dessa forma, elenca que também o levantamento cadastral, com dados de resistência, pode ser usado como medida preventiva, por meio, inclusive, de pacometria, método que usa aparelho medidor para detectar anomalias.

"Essas pontes precisam ser monitoradas. É como a gente todo ano vai fazer um check-up. Se a pessoa descobre que tem um câncer que está no estágio inicial, então você tem uma chance de cura muito alta hoje. Assim, é a ponte", compara.

Segundo o profissional, o problema na ponte em questão pode ter sido de corrosão. 

Os pilares de sustentação apresentavam sinais de desgaste, como concreto solto e ferragens expostas. As estruturas foram classificadas pelo Departamento com nota 2 (ruim), sem risco de colapso.

 


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